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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mandibulados Aquáticos



Mandibulados Aquáticos
Filo Arthropoda
Subfilo Crustacea

O nome do subfilo Crustácea (L. crusta, concha) deriva do envoltório resistente que na maioria dos crustáceos apresenta. Foram descritas cerca de 30.000 espécies e provavelmente as existentes correspondam a várias vezes este número. As espécies comestíveis são as mais conhecidas por nós são lagostas, lagostins, camarões e caranguejos.
Os Crustáceas e os Uniramia têm em comum, além de um par de mandíbulas, pelo menos um par de antenas e um par de maxilas, seguindo-se um par de apêndices em cada segmento do corpo ou somito. Em alguns crustáceos nem todos os somitos apresentam apêndices. Seus tagmas são cabeça e tronco ou cabeça, tórax e abdômen.
Os Crustáceas são um grande subfilo e primariamente aquáticos.  Os crustáceos apresentam dois pares de antenas, seus apêndices são primitivamente birremes e muitos apresentam carapaça.
Todos os artrópodes precisam livrar-se periodicamente de sua cutícula (ecdise) e crescer aumentando suas dimensões antes que a cutícula recentemente secretada enrijeça. Os períodos de pré-muda e pós-muda são controlados por hormônios, do mesmo modo de outros processos, como as mudanças na cor do corpo e a expressão das características sexuais secundárias.
Aos hábitos alimentares variam grandemente em Crustacea e há muitos predadores, detritívoros, comedores de partículas em suspensão e parasitas. A respiração ocorre através de superfície do corpo ou brânquias e órgãos excretores tomam a forma de glândulas antenas ou maxilares. A circulação, como em outros artrópodes, ocorre através de um sistema aberto formado por seios (hemocele), e um coração tubular dorsal é o principal órgão bombeador. Eles também podem apresentar olhos compostos constituídos por unidades denominadas omatídios. Os sexos são usualmente separados. Os crustáceos são um grupo extenso com muitas subdivisões. Exibe grande variedade em estruturas, ocupação de habitats e modos de vida. Há alguns maiores, outros menores, uns altamente desenvolvidos outros porém apresentam organização simples.
Classe Remipedia
Os Remipedia são uma classe de crustácea muito pequena e recentemente descrita. As 10 descritas até o momento são provenientes de cavernas em conexão com Omar. Os Remipedia apresentam algumas características muito primitivas.
Há de 25 a 38 segmentos no tronco (tórax e abdômen), todos com apêndices natatórios pares, birremes, essencialmente iguais. As antêmulas são birremes. Os dois pares de maxilas e um par de maxilípedes, entretanto, são preênseis, aparentemente uma adaptação à função de alimentação.
A forma dos apêndices natatórios é similar a encontrada em copepoda, mas orientados lateralmente, diversamente dos copepodes e cefalocárideos nos quais a orientação é ventral.
Classe Cephalocarida
O grupo Cephalocarida também é pequeno, com apenas nove espécies conhecidas. Os cefalocáridos ocorrem ao longo da costa norte-americana do Golfo do México e Caribe e da costa japonesa. Apresentam comprimento de 2 a 3 milímetros e têm sido encontrados em sedimen­tos da zona entremarés até 300 metros de profundidade. Algumas de suas características são particularmente primitivas. Os apêndices torácicos são muito similares entre si e estes à segunda maxila. Esta e os sete primeiros apêndices torácicos possuem um epipodito uniarticulado, longo, no seu protopodito. Os cefalocáridos não pos­suem olhos, carapaça ou apêndices abdominais.
São hermafroditas verdadeiras e os únicos Arthropoda a eliminarem óvulos e espermatozóides por um único duto.
Classe Branchiopoda
Branchiopoda (Gr. Branchia, brânquia, + pous, podos, pés). Os Branchiopodas representam uma forma de crustáceo com algumas características primitivas. As principais características da Classe Branquiopoda são: Filopódios que quer dizer que seus apêndices são achatados, similares a folhas, carapaça ausente ou presente, apêndices abdominais ausentes na maioria das ordens, os apêndices abdominais são usados para filtrar partículas em suspensão e em outros grupos exceto os cladoceros, também usam para sua locomoção, maxila e a primeira antena reduzidas, e olhos compostos presentes. A reprodução é bastante interessante e lembra o que ocorre em alguns rotíferos. Durante o verão, frequentemente produzem só fêmeas partenogenéticas, aumentando rapidamente sua população. Ocorrendo condições desfavoráveis, alguns machos e óvulos fertilizáveis oriundos de meiose são produzidos. Os ovos fertilizados são altamente resistentes ao frio e à dessecação, importante para a sobrevivência da espécie durante o inverno e para o transporte passivo a novos habitats. A maioria das cladóceros tem desenvolvimento direto, enquanto outros branquiópodes apresentam metamorfose gradual. São reconhecidas quatro ordens: Anostraca, Notostraca, Conchostraca e Cladocera.
Ordem Anostraca (Gr. an-, prefixo significando sem, + ostrakon, concha). As principais características dessa ordem são: Carapaça ausente, antena unirreme, apêndices abdominais ausentes. São exemplos Artemias e as Branchinectas.
Ordem Notostraca (Gr. notos, parte posterior, + ostrakon, concha). As principais características dos animais dessa ordem são: A carapaça forma um escudo dorsal grande, apêndices abdominais presentes e posteriores reduzidos, antenas vestigiais. São exemplos os Triops e Lepidurus.
Ordem Cladocera (Gr. Klados, um ramo, + Keras, chifre). As principais características dessa ordem são: os animais têm a carapaça dobrada, usualmente envolvendo o tronco, mas não envolve a cabeça, antenas birremes, que quer dizer que tem dois ramos, apêndices abdominais ausentes, exemplos: Daphnias e Leptodora.
Ordem Conchostraca (Gr. Konche, concha, + ostrakon, concha). Carapaça bivalve envolvendo inteiramente o corpo, antenas birremes, todos os apêndices do tronco similares. Exemplo: Lynceus.
Classe Maxillopoda
            Classe Maxillopoda congrega vários grupos de crustáceas tradicionalmente como classes. Apresentam basicamente: cinco somitos cefálicos, seis torácicos e usualmente quatro somitos abdominais mais um télson.
Não há apêndices típicos no abdômen. O olho náuplio (quando presente) tem uma estrutura única referida como olho naupliar.
Subclasse Ostracoda      
            Os membros de Ostracoda são como os conchóstracos, envolvidos por uma carapaça bivalve e assemelha-se a mariscos frágeis, com 0,25 a 8 milímetros de comprimento.
             Mostram uma considerável fusão de somitos do tronco, e vários apêndices torácicos estão reduzidos a dois ou nenhum. A alimentação e locomoção ocorrem principalmente, pelo uso dos apêndices cefálicos. A maioria vive no fundo ou sobre plantas e alguns são planctônicos. Poucos são parasitas, os hábitos alimentares são diversificados: detritívoros, predadores e herbívoros. Distribuem-se em habitats marinhos e dulcícolas. O desenvolvimento ocorre por metamorfose gradual.      


Subclasse Mystacocarida
            A classe Mystacocarida inclui pequenos crustáceos (menos de 0,5 milímetros de comprimento) vivem na água intersticial entre grãos de areia de praias marinhas. Apenas 10 espécies foram descritas, mas estão amplamente distribuídos em varias partes do mundo.
Subclasse copepoda
            Este grupo é o maior em números de espécies são pequenos (poucos milímetros ou menos comprimento), alongados e afilados posteriormente. A carapaça está ausente e retém o olho mediano, simples, naupliar nos adultos.
            Apresentam um único par de maxilípedes unirremes e quatro pares de apêndices torácicos natatórios birremes achatados. O quinto par de patas está reduzido. As antenulas são frequentemente mais longas do que os outros apêndices. Os copepoda são muito diversificados e possui grande numero de espécies simbióticas e de vida livre.
            Ecologicamente os copépodes de vida livre são de extrema importância e domina com frequência o primeiro nível trófico consumidor em comunidades aquáticas. Juntamente com os eufausiáceos formam um item alimentar importante para algumas baleias e tubarões. Muitas espécies de copépodes são parasitas de uma grande variedade de invertebrados marinhos, peixes marinhos e de água doce. O desenvolvimento e indireto e alguns muito modificados sofrem metamorfoses notáveis.  
   
Subclasse Tantulocarida
            São ectoparasitas de outros crustáceos não apresentam apêndices cefalicos bentônicos, semelhante à copépodes e de pequeno tamanho (0,15 a 0,2 milómetro). Não apresentam apêndices cefálicos reconhecíveis, exceto um par de antenas nas fêmeas.  O ciclo de vida não é conhecido com certeza, mas as evidencias atuais sugerem a ocorrência de um ciclo partenogenético e um ciclo bissexual com fertilização. A larva tântulo penetra na cutícula dos seus hospedeiros pela boca. O abdômen e todas as patas torácicas são perdidos durante a metamorfose até os adultos.
Subclasse Branchiura 
             Os branquiúros são um grupo pequeno de parasitas de peixes, os quais não apresentam brânquias. Medem entre 5 a 10 milímetros de comprimento e podem ser encontrados em peixes marinhos e de água doce. Apresentam uma carapaça larga e semelhante a um escudo, olhos compostos, quatro apêndices torácicos natatórios e um abdômen pequeno e não segmentado. A segunda maxila modificou-se como ventosa, permitindo movimento ao longo do corpo do hospedeiro ou de um peixe para o outro. O desenvolvimento é quase direto e os jovens assemelham-se aos adultos exceto no tamanho e no grau do desenvolvimento dos apêndices.
    
Subclasse Cirripedia
A classe inclui as cracas (ordem Thoracica), animais envolvidos por uma concha de placas calcárias, e outras três ordens pequenas de formas parasitas. As cracas são sésseis quando adultas e podem está aderidas ao substrato por um pedúnculo. Sua forma típica mostra uma carapaça (manto) que envolve o corpo e secreta uma concha de placas calcárias. A cabeça está reduzida e os apêndices torácicos são cirros cerdados e multiarticulados. Embora todas as cracas sejam marinhas, frequentemente são encontradas entremarés.  As cracas são hermafroditas e sofrem metamorfose durante o desenvolvimento.
  
   

Classe Malacostraca

A maior classe de Crustácea é a dos Malacostraca e mostra grande diversidade. A diversidade é indicada pelos táxons superiores da classificação do grupo, que abrangem três subclasses, 14 ordens e muitas subordens, infraordens e superfamílias.

Ordem Isopoda
Os isópodes são um dos poucos grupos de crustáceos que invadiram com sucesso hábitats terrestres, além de ocuparem ambientes marinhos e dulcícolas, e são os únicos crustáceos que se tornaram verdadeiramente terrestres.
Comumente são achatados dorsoventralmente, a carapaça está ausente e apresentam olhos sésseis; os maxilípedes são o primeiro par de apêndices torácicos.
As formas terrestres comuns são os tatuzinhos ou tatuzinhos-de-quintal (Porcellio e Armadillidium), os quais vivem sob pedras e em ambientes úmidos. Embora terrestres, não possuem uma cobertura cuticular eficiente e outras adaptações, como as dos insetos, para conservação da água; portanto precisam viver em condições de umidade. Caecidotea é uma forma de água doce encontrada sob pedras e entre plantas aquáticas. Ligia é uma forma marinha comum que ocupa praias rochosas ou de areia. Alguns isópodes são parasitas de peixes ou crustáceos e alguns são altamente modificados. O desenvolvimento é essencialmente direto, mas pode ser fortemente metamórfico em parasitas especializados.
Ordem Amphipoda
Os anfípodes assemelham-se aos isópodes na ausência da carapaça e presença de olhos compostos e um par de maxilípedes, mas seu corpo é usualmente comprimido lateralmente, e suas brânquias articulam-se ao tórax em posição conspícua. Além disso, seus apêndices torácicos e abdominais são arranjados em dois ou mais grupos que diferem em forma e função. Por exemplo, as patas abdominais de um grupo podem ser natatórias e as de outro, saltadoras. Há muitos anfípodes marinhos, incluindo formas praianas (por exemplo, Orchestia, um saltão-de-praia), numerosos gêneros dulcícolas (Hyalella e Gammarus) e poucos parasitas. O desenvolvimento é direto.

Ordem Euphausiacea
          Os Euphausiacea são um grupo com apenas 90 espécies, mas são importantes como os planctontes oceânicos conhecidos como kríll. Medem aproximadamente 3 a 6 centímetros de comprimento, possuem carapaça fundida com todos os segmentos torácicos mas não encobrem totalmente as brânquias, não têm maxilípedes e apresentam exopoditos em todas as patas torácicas. A maioria é biolumines-cente, pela presença de uma substância produtora de luz em um órgão chamado fotófobo. Algumas espécies podem ocorrer em enxames enormes, capazes de cobrir áreas de mais de 45 m2, estendendo-se por 500 metros em uma direção única seu desenvolvimento é indireto.
Ordem Decapoda
Os decápodes possuem três pares de maxilípedes e 5 pares de apêndices ambulatórios, cujo primeiro par é modificado em vários grupos para formar quelas (pinças). Seu tamanho varia de poucos milímetros ao maior de todos os artrópodes, os caranguejos japoneses Macrocheira, cuja envergadura das quelas atinge 4 metros. Lagostins, lagostas, siris e caranguejos, e camarões pertencem a este grupo. Há cerca de 10.000 espécies de decápodes e a ordem é bastante diversificada. Há espécies de grande importância ecológica e econômica e vária são utilizadas como alimento pelos seres humanos.
Referência:
Hickman Jr., Cleveland P.; Roberts, Larry S.; Larson, Allan

               Princípios Integrados de Zoologia - 11ª Ed 2004


         Editora Guanabara KooganRio de Janeiro



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vermes Segmentados - Filo Annelida

Vermes Segmentados
(Filo Annelida)


    O nome annelida significa anel, o filo annelida é constituído pelos vermes segmentados. È um filo grande com cerca de 15.000 espécies, sendo que os mais familiares são as minhocas terrestres a as de água doce (oligoquetos) e sanguessugas ( hirudíneos). Entanto, cerca de dois filos são formados por espécie marinha (poliquetos), que são menos familiares a maioria do público. Existe alguns bem curiosos e estranhos enquanto outros são belos e graciosos.


                                      
 
      



Os annelidas são vermes cujos corpos são divididos em anéis semelhantes, ou segmentos, arranjados numa série linear e delimitados externamente por sulcos circulares denominados ânulos, sendo que o nome do filo refere-se a essa característica. 
A deslocação dos anelídeos é ajudada pela presença de cerdas, na parte ventral dos animais (exceto as sanguessugas). Esta ceda quitinosas impedem o animal de deslizar para trás, reforçando o movimento para diante das camadas musculares circulares e longitudinais.




Organização geral

  • O anelídeo típico apresenta um prostômio anterior, um corpo segmentado e um porção terminal onde se situa o ânus
  • A parede do corpo possui vigorosos músculos circulares e longitudinais adaptados a natação, rastejamento e escavação.
  • Com exceção das sanguessugas, o celoma dos anelídeos é preenchido por um líquido e funciona com um esqueleto hidrostático.


















Classe polychaeta

Os poliquetos constitui a maior parte dos anelídeos, com mais de 10.000 espécies, sendo que a maior parte é marinha. Apesar de a maioria medir entre 5 a 10 cm de comprimento, algumas espécies são menores do que 1 mm, enquanto outras podem atingir até 3 metros.
Os poliquetos vivem sobre pedras, em fendas de coral, em conchas abandonadas, ou escavam o lodo ou a areia.

Poliquetos vágeis ou errantes: inclui formas pelágicas livres natantes,cavadores ativos , rastejadores, bem como vermes tubícolas que saem de seus tubos para capturas alimentos e para se reproduzir. 

Piliquetos sedentários: são principalmente tubícolas, passam a vida toda ou a maior parte dela, em tubos ou galeria permanentes.











      Forma e função

O poliqueto apresenta, caracteristicamente, uma cabeça, ou prostômio, muitas vezes possui olhos, tentáculos e palpos sensórias, podem apresentar cerdas, palpos ou, noas formas predadoras, mandíbulas quitinosas. Os que se alimentam por ciliação podem apresentar uma coroa tentacular de abri-se como leque ou de ser retraída para dentro do tubo.

      Nutrição

    O tubo digestivo dos poliquetos é dividido em três partes:
  •    segmento anterior: que inclui um estomodeu, faringe e esôfago anterior
  •   segmento mediano: ele é dividido de endoderma
  •   segmento posterior: serve para se abrir para o exterior através do ânus.


Circulação e respiração

    Em várias espécies os parapódios têm brânquias utilizadas para trocas gasosas são feitas através da superfície do corpo
O padrão circulatório é muito variável, e, nereis, um vaso dorsal longitudinal conduz o sangue no sentido anterior e um vaso longitudinal o conduz em sentido contrário.

Sistema nervoso e órgãos dos sentidos 

Muito mais desenvolvido nos poliquetos do que nos ologquetos, os órgãos sensoriais incluem os olhos, que quando presentes podem variar desde simples manchas ocelares e órgãos muito bem desenvolvido. O mais alto grau de desenvolvimento pose ser observado entre os indivíduos da família Alciopidae, que possuem olhos grandes, capazes de formar imagens e com estrutura semelhante aquela dos cefalopodos, como córnea, lente, retina e pigmento retiniano.

Reprodução e desenvolvimento

Os poliquetos não apresentam órgãos reprodutores permanentes e normalmente tem sexo separado, o sistema reprodutor é simplificado, as gônadas são projeções temporárias do peritônio que liberam gametas para o celoma. Os gametas são conduzidos ao exterior através de gonodutos ou pela ruptura da parede do corpo.  


Os Nereídeos

A classe Polychaeta (cerca de 8000 espécies) é representada por animais marinhos, tais como: Eunice, Neanthus (antigo gênero Nereis), etc. Estes diferem dos oligoquetos em muitos aspectos. As figuras 1 e 2 demonstram as variações de formas de poliquetos.



Os poliquetos apresentam em cada segmento do corpo um par de apêndices laterais carnosos, semelhantes a nadadeiras, chamados parapódios, com muitas cerdas implantadas. Esses apêndices laterais servem para locomoção e também, em algumas espécies, para trocas gasosas. Na região anterior existe uma cabeça bem desenvolvida com um prostômio que contêm olhos, antenas e um par de palpos. A boca situa-se no lado ventral, entre o prostômio e a região pós-oral, chamada peristômio, que é o primeiro segmento verdadeiro. A região não segmentada terminal (o pigídeo) traz o ânus. Porém poucos poliquetas exibem essa estrutura típica. Os diferentes estilos de vida dos vermes dessa classe levaram a graus variáveis de modificação no plano básico.




Esses anelídeos podem ser errantes (movimentos livres) ou sedentários (tubícolas). Os errantes são vermes nadadores, carnívoros caçadores e, portanto, apresentam adaptações para este modo de vida. Os parapódios são bem desenvolvidos, ocorrem apêndices sensoriais. A cabeça é comumente provida de palpos ou outras estruturas para auxiliar a alimentação. A respiração encontrada na classe é geralmente branquial. Os sexos são geralmente separados e o desenvolvimento é indireto com uma larva trocófora (figura 54). Existe também a reprodução assexuada em algumas espécies (brotamento ou regeneração). Os poliquetas têm um alto poder de regeneração. Os tentáculos, palpos e até as cabeças arrancadas por predadores são logo repostos. A epitoquia é um fenômeno reprodutivo característico de muitos poliquetas e especialmente bem conhecido em alguns. Trata-se da formação de um indivíduo reprodutivo pelágico (epítoco) que é adaptado a deixar os buracos, tubos e outras adaptações no fundo. Os segmentos portadores de gametas do epítoco são com frequência os mais incrivelmente modificados e corpo do verme parece dividir-se em duas regiões acentuadamente diferentes. Geralmente, os poliquetas epítocos nadam para a superfície durante a eliminação de óvulos e espermatozóides. Esse comportamento sincronizado (chamado enxameamento) congrega indivíduos sexualmente maduros em um período relativamente curto, aumentando a probabilidade de fertilização.


Classe Oligochaeta


Mais de 3.000 espécies de oligoquetos podem ser encontradas numa grande variedade de tamanhos e habitats. Eles incluem as famílias da minhoca, além de muitas espécies de agua doce. A maioria das formas é terrestre ou dulciaquicolas.


As minhocas


Elas escavam solos úmidos e férteis saindo a noite para explorar os arredores. Durante os períodos chuvosos ou de muita umidade eles se posicionam próximo a superfície muitas vezes com a boca ou o anus protraindo da galeria. Durante as estações secas elas podem enterrar-se em câmaras mucosas e entrar em dormência. Lumbricus Terrestris (L. lumbricum, minhoca), a espécie mais estudada nos laboratórios escolares, mede de 12 a 30 cm (ver figura 4). Minhocas tropicais gigantes (minhocuçus) podem apresentar de 150 a 250 segmentos e chegar a cerca de 4 metros de comprimentos. Em geral, vivem em galerias ramificadas.













































quinta-feira, 18 de abril de 2013

Animais Bilaterais Acelomados

                     (Filo Platyhelminthes, Filo Nemertea, Filo Gnathosmotulida)    


    O animal bilateramente simétrico é aquele, no qual, o corpo pode ser dividido ao longo de um plano de simetria, resultando em duas metades que são imagens especulares uma da outra. Os órgãos dos sentidos e outros de controle nervoso se dirigem para a região da cabeça. Este processo é denominado cefalização.  Os três filos considerados neste capítulo têm a organização mais simples dentre os Bilateria, um grupamento de filos que inclui todo o resto do reino animal. Eles têm somente um espaço interno, a cavidade digestiva, com a região entre o ectoderma e o endoderma preenchida com mesoderma na forma de fibras musculares e mesênquima (parênquima). Já que não possuem celoma ou pseudocele, são animas bilaterais acelomados. São triblásticos

.


Filo Platyhelmintos

    Os Platyhelmintos derivaram de um ancestral que provavelmente teve muitas características semelhantes ás dos Cnidaria, inclusive uma mesogléia gelatinosa que, todavia, houve uma substituição por um parênquima mesodérmico (o parênquima é uma forma de tecido de “embalagem” contendo mais células e fibras que a mesogléia dos cnidários). Os platelmintos variam em tamanho desde um milímetro ou menos ate algumas tênias de muitos metros de comprimento. Seus corpos são achatados, podem ser afilados, na forma de amplas folhas, ou longos e em forma de fita. Incluem formas livres e parasitárias. Seus representantes livres são encontrados apenas na classe Turbellaria, a maioria de espécies marinhas, mas há também espécies de água doce, como as Planárias (fig.01)

    Forma e função: A maioria dos tuberlários tem epiderme celular ciliada. As planárias possuem uma epiderme de células ciliadas que se estendem sobre uma membrana basal, abaixo existem camadas de fibras musculares. Uma malha de células do parênquima, derivadas do mesoderma, preenche os espaços entre músculos e órgãos viscerais.
     Nutrição e digestão: o sistema digestivo incluem uma boca, uma faringe e um intestino. O intestino apresenta três troncos  bastantes ramificados, um anterior e dois posteriores. Todo esse sistema forma uma cavidade gastrovascular forrada por epitélio colunar. As secreções intestinais contêm enzimas proteolíticas para a ocorrência de alguma digestão extracelular. Os pedaços de alimentos são sugados para o intestino, onde as células fagocitárias da gastroderme completam a digestão (intracelular).
     Excreção e Osmorregulação: o sistema osmorregulador de platelmintos consiste em protonefrídeos, com células-flama. Uma célula-flama é calciforme, com um tufo de flagelos que se estende na face interna deste cálice. O batimento dos flagelos impulsiona o fluido nos dutos coletores e cria uma pressão negativa que puxa o fluido através das delicadas interligações da rede.
Sistema Nervoso: O sistema nervoso mais primitivo dentre os platelmintos é um plexo nervoso subepidérmico, que se assemelha á rede nervosa dos cnidários. Outros platelmintos têm, além de um plexo nervoso, um a cinco pares de cordões nervosos longitudinais subjacentes á camada muscular. O encéfalo desses animais é uma massa bilobada de células ganglionares que surgem anteriormente a partir dos cordões nervosos ventrais.
     Órgãos dos sentidos:  células táteis e células quimiorreceptoras são abundantes sobre o corpo do animal e, em planárias, formam órgãos definidos nas aurículas. Algumas espécies também possuem estatocistos para o equilíbrio e reorreceptores para sentir a direção da corrente de água.



Classe Monogenea

       Todos os monogêneos. São parasitas, principalmente de brânquias e superfícies externas de peixes. Alguns são encontrados nas bexigas urinarias de rãs e tartarugas e uma espécie parasita o olho de hipopótamos.
      Mesmo sendo muito comum, os monogêneos causam pouco danos em seus hospedeiros quando em condições naturais, no entanto como muitos patogenos de peixes se tornam ameaças quando seus hospedeiros estão em grandes populações reclusas, como por exemplo nas fazendas de cultivos de peixes(causa estresse).
     Os ciclos de vida dos monogeneos (tem esse nome por terem um único hospedeiro em toda sua vida)são diretos, com um único hospedeiro. Do ovo eclode uma larva ciliada, oncomiracídio, que se fixa nos hospedeiros, ou nada ambiente por um tempo antes de se fixar.
     A larva oncominacídio possui ganchos na extreminadade posterior, as quais em muitas espécies tornam-se ganchos do grande órgão, devido ao fato de terem de se agarrar aos hospedeiros e resistir à força da corrente de água.


Tremátode monogêneo,vista ventral.

Classe Cestoda

Cestoda, ou tênias Possuem corpos longos e achatados, se caracterizam pela ausência do sistema digestório. Os alimentos são absorvidos pela pele. Todos os representantes desta classe são parasitas internos.
Com raras exceções todos os cestodas requerem pelos menos dois hospedeiros, habitam o intestino de vertebrados, enquanto as larvas instalam-se em outros hospedeiro. Possuem o corpo dividido em três regiões: escólex, colo e estróbilo:
Escólex é o órgão de apreensão formado por ventosas ou órgãos em forma de tentáculos espinhosos.   

                                  http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Teniase.php
        Outras tênias: A tênia da carne de porco A tênia solium, vive no intestino delgado dos humanos, enquanto vermes jovens vivem nos músculos porcos.
        A tênia é muito mais perigosa que T. signata porque os se os ovos forem ingeridos acidentalmente por uma pessoa, os embriões liberados migram a qualquer um dos órgãos.

Taenia saginata é chamada de tênia de vaca, mas vive, quando adulta no canal alimentar de humanos. As formas juvenis são encontradas principalmente no tecido muscular do gado.
Cada proglótide é hermafrodita, portanto ela pode se auto fecundar, geralmente as proglotides maduras são as posteriores, e quado esta cheia de ovos, ou seja "grávida", essa proglótide é liberada nas fezes do indivíduo contaminado.
Um adulto pode alcançar cumprimento de 10 m ou mais. Os ovos com larvas infecciosas, e se destacam nas fezes.


Ciclo de vida 


O ciclo de vida deste parasita ocorre da seguinte forma:

- Eliminação de proglotes grávidas da tênia adulta (que vive no intestino delgado do homem) junto às fezes;

- Em locais sem saneamento básico, os ovos contaminam o ambiente e, estes, são ingeridos pelos suínos;
- A carne de porco contaminada é ingerida pelo homem, recomeçando assim, um novo ciclo.
Neste novo ciclo, o cisticerco se desenvolverá no intestino delgado do homem até tornar-se verme adulto e começar a eliminar novamente proglotes maduras e com ovos.
Sua transmissão se dá através do consumo de carne suína ou bovina mal passada. Para prevenir a infecção por este parasita, é necessário saneamento básico e o hábito de consumir apenas carnes bem passadas.


                      http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-platelmintos/filo-platelmintos-10.php

Outras tênias: A tênia da carne de porco A tênia solium, vive no intestino delgado dos humanos, enquanto vermes jovens vivem nos músculos porcos.
A tênia é muito mais perigosa que T. signata porque os se os ovos forem ingeridos acidentalmente por uma pessoa, os embriões liberados migram a qualquer um dos órgãos.
Corte através do cérebro de uma pessoa que morreu de cisticercose cerebral.
                                               http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cisticercose/cisticercose-2.php



Classe Turbellaria


      Animais de vida livre, sendo que a maioria vive em ambientes aquáticos ex.: planaria.
      Sua locomoção é a partir de cílios. São hermafroditas, possuindo ambos os sexos. A reprodução é de forma assexuada, podendo sofrer regeneração, ou seja, se cortarmos uma planária em vários pedaços, cada um irá ser regenerar e dar origem a um novo indivíduo.





Classe Trematoda

     São vermes parasitas, em sua maioria são endoparasitas.
   São parecidas com a da Classe Turbelaria, porém as diferenças é que as da Classe Trematoda não possui cílios.
            A Classe Trematoda, possui uma Subclasse Digenea, que esta dividida de acordo com o alvo infectado: fígado, sangue, pulmões, intestino e etc.

Clonorchis sinensis: Trematódes do Fígado

       São vermes achatados, que se encontram nas vias biliares de humanos e mamíferos, que se alimentam de peixes. É um parasita do fígado.
       Possuem estruturas como: sistema digestivo, sistema excretor, sistema reprodutor.
     Seu ciclo de vida passa por algumas fases dentro e fora do caramujo, sendo elas; fase ovo, miracídios, esporocistos, rédias e cercarias.
     O Clonorchis provoca uma reação inflamatória no trato biliar. O tratamento da doença é através da prevenção, a melhor política é a prevenção, através da higiene pessoal e coletiva, e evitar o consumo de peixe cru.




Schistosoma: Tremátodes do Sangue

    É uma das doenças mais infecciosa do mundo, atingindo cerca de 200 milhões de pessoas. Esse parasita possuem dois hospedeiros, sendo o principal hospedeiro o homem, e o hospedeiro intermediários, que são os caramujos, caracóis ou lesmas.
     Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. Seu ciclo biológico: divide-se em fases, são eles:  adulto – macho e fêmea –, ovo, miracídio, esporocisto, e cercaria.
     Os sintomas podem ser: mal estar, cansaço, emagrecimento, entre outros.




Filo Nermetea

São vermes finos em forma de fitas, achatados com extremidades arredondados e mais alongados. Algumas espécies aparentam serem segmentadas, mas a segmentação é a penas superficial. Quase todos são de espécie marítimas sendo aproximadamente 650 milhões de espécie desse grupo.
Os nermetinos são normalmente menores que 20 cm de extensão, embora alguns atinjam vários metros de comprimento. Suas cores são frequentemente brilhantes embora a maioria seja escura ou pálida. Possuem probocides divididas em varias trombas que varia de acordo com cada espécie sendo que não estão conectadas com o trato digestivo, é um órgão utilizado para defesa e captura da presa, quando armada com um estilete afiado e pontudo.



Eles se diferenciam dos platelmintos por possuir sistema digestivo completo com boca e anus em adultos, são os animais mais simples a possuírem sistema vascular sanguíneo.
Vivem sob pedras e conchas, algas, no lodo e na areia úmida. Algumas espécies são comensais especialmente as de crustáceos e moluscos, sua locomoção dar-se através de cílios, desliza sobre um substrato, alguns utilizam a probacide prendendo-se por meio do estilete, então puxa seu corpo na direção desejada.
A circulação vascular sanguíneo é simples e fechado. Não possuem coração, o sangue é bombeado pelas paredes musculares através de movimentos corporais.
O sistema reprodutivo é dioico, as gônadas de ambos os sexos se encontram entre os secos intestinais. Os ovos e os espermas são descarregados na água, onde ocorre a fecundação. Os nermetinos tem grande poder de regeneração, alguns deles se fragmentam através da autonomia em certas estações e de cada fragmento se desenvolve um individuo novo. Essa autonomia é especialmente notável no gênero Lineus. A probacide é às vezes invertida com tal força que quebra o corpo do animal e em pouco tempo uma nova probacide se desenvolve.
Classificação do grupo:

     Enopla: armado. Probocides geralmente armada com estiletes Amphiporus Póstuma.
Anapola – desarmado. Probocides sem estiletes. Lineus


Os nemertinos marinhos são ecologicamente um grupo quase que negligenciados. No entanto alguns trabalhos na área ecológica têm sido realizados e indicam, por exemplo, que estes animais acumulam metais pesados. A Primeira referencia no Brasil deve-se a Humes em 1942 encontrados nemertinos da espécie Carcionemertes carcionophila, no litoral de SP.


FILO GNATHOSTOMULIDA

Os filos gnatostomúlidos são animais vermiformes delicados. Eles vivem m espaços intersticiais de sedimentos arenosos finos ou lodosos dos litorais e podem suportar condições muito baixa de oxigênio. Eles em geral ocorrem em grandes números e frequentemente em associação.
Possuem ausência de pseudocele,de sistema circulatório e de um anus.
Sua faringe é armada com um par de mandíbulas laterais utilizada para raspagem de fungos e bactérias do substrato.
Os gnatostomúlidos podem deslizar nada em volta e espirais e dobram a cabeça de lado a lado.As fases sexuais podem incluir macho,fêmeas e hermafroditas.A fertilização é interna. 


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                                                FILOGENIA E IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA

Os animais bilateralmente simétricos foram derivados de um ancestral radical. A  simetria bilateral é uma vantagem seletiva para animais rastejantes ou natantes porque as estruturas sensoriais estão concentradas na extremidade anterior.Os Acoela são o grupo-irmão de todos o Bilaterais.
                                                                                                                     
                                               IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA

O plano corpóreo dos platelmintos,com sua adaptação rastejante,cousou uma vantagem seletiva na simetria bilateral e no desenvolvimento  adicional da cefalização .Embora os nemertinos tenham se derivado alem dos platelmitos em sua complexidade de organização,ele foram dramaticamente nemos abundantes com um grupo.