Os
gastrótricos são encontrados em água doce e salgada. As cerca de 400 espécies
estão mais ou menos igualmente divididas entre os dois meios. Muitas espécies
são cosmopolitas, mas só algumas ocorrem tanto em água doce quanto no mar. Muito
ainda há que se aprender sobre sua distribuição.
Forma e função
Um
gastrótrico é geralmente alongado, com uma superfície dorsal convexa possuindo
um padrão de cerdas, espinhos ou escamas, e uma superfície ventral ciliada
aplainada. As células na superfície ventral podem sem monociliadas ou
multiciliadas. A cabeça é frequentemente lobulada e ciliada, e a extremidade
caudal pode ser aforquilhada.
Uma
epiderme sincicial é encontrada abaixo da cutícula. Os músculos longitudinais
são mais desenvolvidos que os circulares e, na maioria dos casos, não são
estriados. Tubos adesivos secretam uma substância para aderência. Um sistema
duoglandular para aderência e liberação está presente. A pseudocele é um pouco
reduzida e não contém amebócitos.
O
sistema digestivo é completo, sendo composto por uma boca, uma faringe
muscular, um estômago-intestino e um ânus. O alimento é composto em grande
parte por algas, protozoários e detritos, os quais são dirigidos à boca pelos
cílios da cabeça. A digestão parece ser extracelular. Os protonefrídios são
equipados com solenócitos em vez de
células-flama. Os solenócitos possuem um único flagelo envolvido por um
cilindro de bastões citoplasmáticos.
O
sistema nervoso inclui um cérebro próximo à faringe e um par de troncos
nervosos laterais. As estruturas sensoriais são semelhantes àquelas dos
rotíferos, exceto que ocelos estão geralmente ausentes. As cerdas sensoriais,
frequentemente concentradas na cabeça, são modificações a partir dos cílios.
Os
gastrótricos são hermafroditas, embora o sistema masculino de alguns seja tão
rudimentar que eles sejam, funcionalmente, fêmeas partenogenéticas. Como os
rotíferos, alguns gastrótricos produzem ovos de desenvolvimento rápido com
cascas finas e ovos dormentes de cascas grossas. Os ovos de casca grossa podem
resistir a condições ambientais severas e podem sobreviver em dormência durante
alguns anos. O desenvolvimento é direto e os jovens têm a mesma forma dos
adultos.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-asquelminto/filo-asquelminto-4.php
Filo Kinorhyncha
Os
Kinorhyncha (Gr. Kinein, mover, + rhynchos, bico) são vermes marinhos um
pouco maiores que rotíferos e gastrótricos, mas geralmente com não mais de 1 mm
de comprimento. O filo foi também chamado Echinodera, o que significa “pescoço
com espinhos”. Foram descritas aproximadamente 75 espécies.
Os
Kinorhyncha são cosmopolitas, vivendo de pólo a pólo, das áreas entremarés até
6.000 m de profundidade. A maioria vive em lama ou lama-arenosa, mas alguns têm
sido encontrados em talos de algas, esponjas ou outros invertebrados. Eles se
alimentam principalmente de diatomáceas. Cerca de 100 espécies já foram
registradas. Entre os gêneros mais bem conhecidos de Kinorhyncha estão Echinodera, Pycnophyes e Kinorhynchus.
Forma e função
O
corpo dos Kinorhyncha é dividido em 13 segmentos que possuem espinhos, mas não
apresentam nenhum cílio. A cabeça retrátil tem uma fileira de espinhos com uma
pequena probóscide retrátil. O corpo é ventralmente plano e dorsalmente curvo.
A parede do corpo é composta por uma cutícula, uma epiderme sincicial e cordões
epidérmicos longitudinais, bastante parecidos com os dos nemátodes. O arranjo
dos músculos está correlacionado com os segmentos, e faixas musculares
circulares, longitudinais e diagonais estão representadas.
Um
Kinorhyncha não pode nadar. No lodo e na lama onde geralmente vivem, eles
escavam através da extensão da cabeça na lama e ancorando-se com os espinhos. A
seguir o animal puxa seu corpo no sentido do movimento até que sua cabeça seja
retraída em seu corpo. Quando perturbado um Kinorhyncha recolhe sua cabeça e a
protege com um aparato de fechamento formado por placas cuticulares.
O
sistema digestivo é completo, com uma boca na ponta de uma probóscide, uma
faringe, um esôfago, um estômago-intestino e um ânus. Os Kinorhyncha se
alimentam de diatomáceas ou de material orgânico na lama onde eles escavam.
A
pseudocele é preenchida com amebócitos que contém fluido. O sistema excretor é
constituído por um protonefrídio multinucleado na forma de um solenócito e cada
lado dos segmentos de números dez e onze. Cada solenócito tem um flagelo longo
e um flagelo curto.
O
sistema nervoso está em contato com a epiderme, com um cérebro multilobulado
que envolve a faringe e um cordão nervoso ganglionar ventral que se estende ao
longo do corpo. Os órgãos dos sentidos estão representados por ocelos em
algumas espécies e pelas cerdas sensoriais.
Os
sexos são separados, com gônadas e gonodutos pares. Há uma série de cerca de
seis fases juvenis e uma fase definitiva de adulto que não sofre mais mudas.
Filo Loricifera
Os
Loricifera (L. lorica, espartilho, +
Gr. Phora, portador de) constituem um
filo de animais recentemente descrito (1983). Os animais minúsculos (0,25 mm de
comprimento) vivem em espaços entre os grãos do sedimento marinho, aos quais
eles se agarram firmemente. Embora tivessem sido descritos a partir de
espécimes coletados ao largo da costa da França, eles aparentemente têm ampla
distribuição no mundo.
http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br/2010/04/descobertos-animais-marinhos-que-vivem.html
Forma e função
Os Loricifera
têm estilos orais e escálides bastante semelhantes àquelas dos Kinorhyncha, e
toda a região anterior pode ser retraída para dentro da lórica circular. A natureza
de sua dieta é desconhecida. Seu cérebro preenche a maior parte da cabeça e as
escálides são inervadas através de nervos que partem do cérebro e de outros
gânglios. Os sexos são separados, mas os detalhes da reprodução não são
conhecidos. Os jovens se assemelham aos adultos em diversos aspectos, mas
possuem um par de artelhos achatados que se acredita funcionarem na locomoção.
http://elmundodelabiologa.blogspot.com.br/2009/09/caracteristicas-principales-del-phylum.html
Filo Priapulida
Os
Priapulida (Gr. Priapos, falo, + ida, sufixo plural) são um grupo pequeno
(apenas 18 espécies) de vermes marinhos encontrados principalmente em águas
mais frias de ambos os hemisférios. Eles foram registrados ao longo da costa
Atlântica da América do Norte, desde o Massachusettes até a Groenlândia, e ao
longo da costa Pacífica desde a Califórnia até o Alasca. Eles vivem na lama e
areia do substrato marinho e ocupam desde a zona entremarés até profundidades
de vários milhares de metros. Tubiluchus
(L. tubulus, dim. de tubus, tubo) é um minúsculo comedor de
detritos adaptado à vida intersticial em sedimentos coralíneos de águas mais
quentes. Maccabeus (nome de um
patriota da Judéia que morreu em 160 A.C.) é um pequeno animal tubícola
descoberto em fundos barrentos mediterrâneos.
Forma e função
Os
priápulos têm corpos cilíndricos, normalmente menores que 12 a 15 cm de
comprimento, mas Halicryptusbigginsi
tem até 39 cm de comprimento. A maioria deles é predadora e escavadora e
normalmente se orientam verticalmente no substrato com a boca junto à
superfície. Eles são adaptados para escavação através de contrações do corpo.
O
corpo inclui uma probóscide, tronco e, normalmente, um ou dois apêndices
caudais. Sua probóscideeversível é ornamentada com papilas e extremidades com
fileiras de espinhos curvos que cercam a boca. A probóscide é usada para
explorar o ambiente bem como para capturar presas pequenas de corpos não
endurecidos. Maccabeus tem uma coroa de tentáculos braquiais a o redor de sua
boca.
O
tronco não é metamerizado, mas é dividido superficialmente em 30 a 100 anéis e
está coberto por tubérculos e espinhos. Os tubérculos são provavelmente de
função sensorial. O ânus e os poros urogenitais ficam situados na extremidade
posterior do tronco. Os apêndices caudais são processos ocos os quais crê-se
serem de função respiratória e provavelmente quimiorreceptora. Uma cutícula
quitinosa, mudada periodicamente ao longo da vida, cobre o corpo do animal.
O
sistema digestivo contém uma faringe muscular, um intestino retilíneo e um
reto. Há um anel nervoso ao redor da faringe e um cordão nervoso ventral
mediano. A cavidade do corpo possui amebócitos e, pelo menos em Priapuluscaudatus, corpúsculos que
contêm um pigmento respiratório chamado hemeritrina.
Os
sexos são separados. Cada um dos órgãos urogenitais pares é composto por uma
gônada e grupos de solenócitos, ambos conectados a um túbulo protonefridial que
leva os gametas e produtos da excreção ao exterior. A embriologia é pouco
conhecida. Em alguns priápulos o óvulo passa por uma clivagem radial e
desenvolve-se em uma estereogástrula. As larvas de Priapulos escavam na lama e tornam-se comedoras de detritos.
Considerados
como pseudocelomados por um longo tempo, os priápulos foram erroneamente
classificados como celomados quando se encontraram núcleos em membranas que
revestem a cavidade de corpo; essas membranas foram então interpretadas como
peritônio. Porém, a microscopia eletrônica mostrou que núcleos de suas células
musculares eram periféricos e os músculos secretavam uma membrana extracelular.
Os núcleos dos músculos e a membrana extracelular deram a falsa aparência de um
revestimento epitelial.
http://dc384.4shared.com/doc/Erq8Fyp1/preview.html
Filo
Nematoda: Nemátodes
Aproximadamente 12.000 espécies de
Nematoda (Gr. Nematos, flamento)
foram nomeadas até o momento, mas foi calculado que, se todas as espécies
fossem conhecidas, esse número seria próximo de 500.000. Eles vivem no mar, na
água doce e no solo, desde as regiões polares até os trópicos, e desde picos de
montanhas até as profundezas do mar. Um bom solo pode conter bilhões de
nemátodes por acre. Os nemátodes também parasitam virtualmente todos os tipos
de animais e muitos dos tipos de plantas. Os efeitos de infestação por nemátode
em colheitas, animais domésticos e humanos fazem deste filo um dos mais
importantes grupos dentre todos os animais parasitas.
Os nemátodes de vida livre alimentam-se
de bactérias, fungos e suas hifas, e algas. Eles podem ser saprófagos ou
coprófagos (que vivem em matéria fecal). As espécies predadoras podem
alimentar-se de rotíferos, tardígrados, anelídeos pequenos e outro nemátodes.
Muitas espécies se alimentam de seivas de plantas superiores, as quais eles
penetram, algumas vezes causando danos agrícolas de grandes proporções. Os
nemátodes podem ser presas de ácaros, larvas de insetos e até mesmo fungos que
os capturam. Caenorhabditiselegans,
um nematóde de vida livre, é fácil de se cultivar em laboratório e tornou-se um
modelo inestimável para estudos básicos de biologia do desenvolvimento.
Virtualmente todas as espécies de
vertebrados e muitas das de invertebrados servem como hospedeiros para um ou
mais tipos de nemátodes parasitas. Os parasitas nemátodes de humanos causam
muito desconforto, doenças e morte, e em animais domésticos eles são uma fonte
de grande perda econômica.
Forma e Função
As
características distintivas deste grande grupo de animais são sua forma
cilíndrica; sua cutícula flexível não-viva; sua falta de cílios móveis ou
flagelos (exceto em uma espécie); os músculos de sua parede corpórea, os quais
têm várias características incomuns, tais como seu desenvolvimento exclusivo na
direção longitudinal, e a eutelia. Correlacionado a sua ausência de cílios, os
nemátodes não possuem protonefrídios; seu sistema excretor consiste em uma ou
mais células glandulares maiores que se abrem por um poro excretor, ou um
sistema de canais sem células e canais juntos. A faringe dos nemátodes é
caracteristicamente muscular com uma luz trirradial e assemelha-se à faringe de
Gastrotricha e Kinorhyncha. O uso da pseudocele como um órgão hidrostático é
altamente desenvolvido em nemátodes e muito da morfologia funcional deles pode
ser melhor entendida no contexto de alta pressão
hidrostática (turgidez) na pseudocele.
A
maioria dos nemátodes possui menos de 5 cm de comprimento e muitos são
microscópicos, mas alguns nemátodes parasitas possuem mais de 1 m de
comprimento.
A
superfície externa do corpo é relativamente espessa, com uma cutícula acelular secretada pela
epiderme subjacente (hipoderme).A
hipoderme é sincicial e seus núcleos ficam situados em quatro cordões hipodérmicos que se projetam
internamente. Os cordões hipodérmicos dorsal e ventral possuem os nervos longitudinais
dorsal e ventral e os cordões laterais possuem os canais excretores. A cutícula
é de grande importância funcional para o nemátode, servindo para conter a alta
pressão hidrostática gerada pelo fluido da pseudocele. As várias camadas da
cutícula são principalmente de colágeno,
uma proteína estrutural também abundante no tecido conjuntivo dos vertebrados.
Três das camadas são compostas de fibras trançadas, as quais conferem um pouco
de elasticidade longitudinal ao verme mais limitam severamente sua capacidade
de expansão lateral.
Os
músculos da parede de corpo de nemátodes são muito incomuns. Eles se encontram
abaixo da hipoderme e contraem-se apenas longitudinalmente. Não há nenhum
músculo circular na parede do corpo. Os músculos são organizados em quatro
bandas, ou quadrantes, marcados pelos quatro cordões hipodérmicos. Cada célula
muscular tem uma porção fibrilar
contrátil (ou fuso) e uma porção
não-contrátil de sarcoplasma (corpo
celular). O fuso é distal e limita a hipoderme, e o corpo celular se projeta na
pseudocele. O fuso é estriado com faixas de actina e miosina, reminiscentes do
músculo esquelético dos vertebrados. Os corpos celulares contêm os núcleos e
são um depósito principal para armazenamento de glicogênio no verme. Um
processo ou braço muscular
estende-se de cada corpo celular para o nervo ventral ou para o nervo dorsal.
Embora não seja único dos nemátodes, este arranjo é muito curioso; na maioria
dos animais os processos nervosos estendem-se para o músculo em vez do
contrário.
A
pseudocele preenchida por fluido, na qual se encontram os órgãos internos,
constitui um esqueleto hidrostático. Os esqueletos hidrostáticos, encontrados
em muitos invertebrados, dão sustentação através da transmissão da força de
contração muscular para o seu conteúdo, um fluido incompressível. Normalmente
os músculos são organizados antagonicamente, de tal forma que o movimento é
efetuado em uma direção pela contração de um grupo de músculos, e o movimento
na direção oposta é efetuado pelo conjunto antagônico de músculos. Porém, os
nemátodes não têm músculos circulares na parede do corpo para se antagonizarem
aos músculos longitudinais; então a cutícula tem de suprir esta função. Quando
os músculos em um lado do corpo se contraem, eles comprimem a cutícula naquele
lado, e a força da contração é transmitida (pelo fluido da pseudocele) para o
outro lado do nemátode, estirando a cutícula naquele lado. Esta compressão e
estiramento da cutícula servem como antagonistas para o músculo e são as forças
que retornam o corpo para a posição de descanso quando os músculos relaxam;
esta ação produz a conformação serpenteante característica vista no movimento
de um nemátode. Um aumento em eficiência deste sistema só pode ser alcançado
por um aumento na pressão hidrostática. Por conseguinte, a pressão hidrostática
na pseudocele de um nemátode é muito mais alta que aquela normalmente
encontrada em outros tipos de animais que têm esqueletos hidrostáticos, mas
quem também possuem grupos de músculos antagônicos.
O
tubo digestivo dos nemátodes consiste em uma boca, uma faringe muscular, um
longo intestino não-muscular, um reto curto e um ânus terminal. O alimento é
sugado para a faringe quando os músculos em sua porção anterior contraem-se
rapidamente e abrem seu lúmen. O relaxamento dos músculos anteriores à massa
alimentar fecha o lúmen da faringe, forçando o alimento em direção posterior
para o intestino. O intestino é da espessura de uma camada celular. A matéria
alimentícia move-se posteriormente através de movimentos corpóreos e devido ao
alimento adicional que é passado ao intestino a partir da faringe. A defecação
é realizada por músculos que simplesmente mantêm o ânus aberto, e sua força de
expulsão é fornecida pela alta pressão pseudocelomática que envolve o
intestino.
Os
adultos de muitos nemátodes parasitas têm um metabolismo energético anaeróbico;
assim, o ciclo de Krebs e o sistema de citocromos característicos de um sistema
metabólico aeróbico estão ausentes. Eles derivam energia por glicólise e
provavelmente através de algumas sequências de transporte de elétrons
incompletamente conhecidas. De maneira interessante, alguns nemátodes de vida
livre e estágios de vida livre de nemátodes parasitas são obrigatoriamente
aeróbicos e têm um ciclo de Krebs e sistema de citocromos.
Um
anel de tecido nervoso e gânglios ao
redor da faringe dá origem a pequenos nervos dirigindo-se para extremidade
anterior e a dois cordões nervosos,
um dorsal e um ventral. As papilas
sensoriais estão concentradas ao redor da cabeça e da cauda. Os anfídeossão um par de órgãos sensoriais
algo complexos que se abrem em cada lateral da cabeça no mesmo nível do círculo
cefálico de papilas. A abertura anfidial leva a um poro cuticular profundo com
terminações sensoriais de cílios modificados. Os anfídeos são geralmente
reduzidos em nemátodes parasitas de animais, mas a maioria dos nemátodes
parasitas possui um par de fasmídeos
bilaterais próximos á extremidade posterior. Estes são estruturalmente bastante
semelhantes aos anfídeos.
A
maioria do nemátodes é dióica. Os machos são menores que as fêmeas e suas
extremidades posteriores geralmente possuem um par de espículas copulatórias. A fertilização é interna e os ovos são
normalmente armazenados no útero até sua postura. Depois da embriogênese o
verme juvenil eclode. As quatro fases juvenis estão separadas umas das outras
por mudas ou perdas da cutícula. Muitos nemátodes parasitas têm fases juvenis
de vida livre. Outros necessitam de um hospedeiro intermediário para completar
seus ciclos de vida.
ALGUNS
NEMÁTODES PARASITAS
Quase todos os vertebrados e muitos invertebrados
são parasitados por nemátodes. Vários destes são patógenos muito importantes de
humanos e animais domésticos,normalmente abundam em países tropicais.
ASCARIS LUMBRICOIDES
Devido ao tamanho e abundância da Ascaris é normalmente selecionado como
um tipopara o estudo da zoologia bem como paratrabalhos experimentais. Este gênero inclui várias espécies.Ascaris lumbricoidesé um dos parasitas
mais comuns encontradas em seres humanos.
http://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/&usg
Uma fêmea de Ascaris pode botar l00.000 ovos por dia sendo transmitidos através
das fezes do hospedeiro. Luz solar direta
e temperaturas altas são rapidamente letais, mas os ovos têm uma tolerância
surpreendente a outras condições adversas, tais como a dessecação ou a falta de
oxigênio.
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ascaris%20lumbricoides.htm
A infecção normalmenteacontece quando
são ingeridos ovoscom vegetais crus ou quando as crianças põem seus dedos ou
brinquedos sujos de terra em suas bocas. Quando um hospedeiro engole
ovosembrionados, os jovens minúsculos eclodem, perfuram a parede intestinal atingindo
veias ou vasos linfáticose são levados através do coração para os pulmões.
Nesta fasepodem causar uma pneumoniaséria. Ao alcançar a faringe, os jovens são
engolidos, passam pelo estômagoe finalmente amadurecem. No intestino causam
sintomas abdominais e reações alérgicas e, em grandes números,podem causar
bloqueio ou perfuração intestinal. Podem emergir ocasionalmente doânus ou garganta
ou podem entrar natraqueia ou nos túbulos de Eustáquio e noouvido médio.
Vermes
da Ancilostomíase
A espécie mais comum
é Necator americanos.Os machos podem
alcançar 9 mm de comprimento e as fêmeas
até 11 mm. Grandes placas em suas bocas cortam a mucosa intestinal do
hospedeiro, onde eles sugam sangue e o bombeiam através de seu intestino,
digerindo-o parcialmente e absorvendo os nutrientes.
http:// www. bio390parasitology.blogspot.com
Os ovos são transmitidos nas fezes e os
jovens eclodem no solo, onde vivem sobrebactérias. Quando a pele humana entra
em contato com o solo infectado, os jovens infestantes perfuram a pele até atingir
o sangue, alcançam os pulmões e, finalmente, o intestino, de uma maneira
semelhante àquela descrita para Ascarís.
VERME
TRIQUINA
Trichinellaspiralisum
minúsculo verme é responsável por uma doença potencialmente letal chamada
triquinose. Os vermes adultos perfuram a mucosa do intestino delgado onde as
fêmeas produzem jovens viventes. Os jovens penetram os vasos sanguíneos e são
levados ao longo do corpo, onde podem ser encontrados em quase qualquer tecido
ou espaço corpóreo. Os jovens causam um surpreendente redirecionamento da
expressão gênica na célula de seu hospedeiro, que perde seus estriamentos e se
torna uma célula de nutrição do verme.
http://www.infoescola.com/doencas/triquinose/
Tricbinella
spp.
pode infectar uma grande variedade de mamíferos além dos seres humanos,
inclusive porcos, ratos, gatos e cachorros.
OXIURÍDEOS
Os parasitas de adulto Oxiurídeos, Enterobius vermicularis,vivem no
intestino grosso e no ceco. As fêmeas, até aproximadamente 12 mm de
comprimento, migram à noite para a região anal para botar seus ovos. Ao coçar,
a irritação resultante contamina efetivamente as mãos e roupas de cama. Os ovos
se desenvolvem rapidamente e tornam-se infecciosos em 6 horas na temperatura
corpórea. Quando são engolidos, eclodem no duodeno e os vermes amadurecem no
intestino grosso.
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Enterobius%20vermicularis.htm
A diagnose da maioria dos nematoides intestinais
é normalmente realizada através do exame de uma pequena quantidade de fezes sob
o microscópio, procurando-se os ovos característicos. Porém, frequentemente os
ovos de oxiurídeos não são encontrados nas fezes porque a fêmea os deposita na
pele ao redor do ânus. O "método da fita adesiva" é mais efetivo. O
lado colante da fita adesiva é aplicado ao redor do ânus para coletar os ovos e
então a fita é colocada em uma lâmina de vidro e examinada sob microscópio.
Várias drogas são efetivas contra este parasita, mas o tratamento deve ocorrer
em todos os familiares ao mesmo tempo, uma vez que esses nemátodes se espalham
facilmente por uma casa.
VERMES
DA FILARIOSE
Pelo menos oito espécies de nemátodes de
fïlarioses infectam os seres humanos e algunsdestes são grandes causas de
doenças. A Wuchereriabancrofti é a
espécie que causa grandes males na humanidade.
Os vermes vivem no sistema linfático e
as fêmeas têm comprimento de até 100 mm. Os sintomas da doença estão associados
com a inflamação e obstrução do sistema linfático. As fêmeas liberam
microfilárias jovens, minúsculas, no sangue e no sistema linfático. Quando se
alimentam, os mosquitos ingerem as microfilárias e elas se desenvolvem nos
mosquitos até as fases infecciosas. Eles saem do mosquito quando ele estiver
novamente se alimentando em um humano e penetram pela ferida causada pela
picada do mosquito.
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=105&sid=2
Manifestações dramáticas de elefantíase
são ocasionalmente produzidas depois de exposição longa e repetidas aos vermes
como o crescimento excessivo de tecido conjuntivo e um enorme inchaço das
partes afetadas como escroto, pernas e braços.
http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/02/05/linfangite-elefantiase/
FILO
NEMATOMORPHA
Aproximadamente 250 espécies de Nematomorpha
foram descritas. De distribuição mundial, eles são devida livre quando adultos
e parasitas de artrópodes quando jovens. Os adultos não se alimentam, mas vivem
quase em qualquer lugar molhado a úmido, se o oxigênio for adequado.
http://animaliabg.blogspot.com.br/2010/03/filo-nematomorpha.html
Forma e Função
São extremamente longos, corpo
cilíndrico. Seu comprimento varia de 10 a 70 cm, mas seu diâmetro é de apenas
0,3 a 2,5 mm, Sua extremidade anterior é normalmente arredondada e a
extremidade posterior é arredondada ou possui dois ou três lóbulos caudais.
A parede de corpo é semelhante àquela dos nemátodes.
O sistema digestivo é vestigial. Os sistemas circulatório, respiratório e
excretor estão ausentes. Há um anel nervoso ao redor da faringe e um cordão
nervoso mediano ventral. Os jovens não emergem de seu hospedeiro artrópode a
menos que haja água por perto. Os adultos são frequentemente
vistosziguezagueando lentamente próximos a lagoas ou a fluxos d'água, com os
machos sendo mais ativos que as fêmeas. As fêmeas depositam seus ovos na água
na forma de longos fios. Os jovens eclodem dos ovos e de alguma maneira
penetram no artrópode hospedeiro. Depois de vários meses na hemocele do
hospedeiro, o verme maduro emerge na água. Curiosamente, se o hospedeiro for um
inseto terrestre, o parasita estimula o inseto, através de algum mecanismo
ainda desconhecido, a buscar água.
FILO
ACONTHOCEPHALA
Os membros do filo
Aconthocephala (Gr. Akantha, espinho,
+ kephate, cabeça) são conhecidos
como ‘vermes de cabeça espinhuda’. O filo tem seu nome derivado de uma de suas
características mais distintivas, uma probóscide cilíndrica invaginável que
possui fileiras de espinhos curvos com os quais o verme se prende ao ingterior
do seu hospedeiro. Todos os acontocéfalos são endoparasitas, vivendo quando
adulto no intestino de vertebrados.
As fêmeas são
normalmente maiores que os machos. O corpo é normalmente achatado
bilateralmente, com numerosas rugas transversais. Os vermes são tipicamente de
uma cor creme, mas podem ser amarelos ou marrons, como resultado da absorção de
pigmentos dos conteúdos intestinais.
Os aconthocéfalos
causam danos traumáticos ao penetrarem a parede intestinal do hospedeiro com
espinhos. A infecção por esses vermes podem causar grande dor, principalmente
se a parede do intestino estiver completamente perfurada.
O filo é cosmopolita e
mais de 500 espécie são conhecidas, a maioria parasita peixes, aves e
mamíferos, e normalmente não pasitam seres humanos.
As larvas de
acantocéfalos se desenvolvem em artrópodes, crustáceos ou insetos dependendo da
espécie.
FORMA
E FUNÇÃO
O corpo é um pouco
achatado, com parede sincicial e sua superfície é perfurada por criptas
minúsculas,as quais aumentam a área de superfície do tegumento.Cerca de 80% da
espessura do tegumento é a zona fibrosa radial, que contém um sistema lacunar
de canais ramificados preenchidos por fluido. Os músculos da parede do corpo
são tubiformes e cheios de fluidos. Não há coração ou outro sistema
circulatório, a contração dos músculos é que serve para mover o fluido lacunar
pelos canais e músculos.
A Probóscide, a qual
possui filas de ganchos curvos, está presa á região do pescoço e pode ser
invertida em um receptáculo da probóscide através de músculos retratores.
Presos na região do pescoço há dois longos lemniscos que podem servir como
reservatório do fluido lacunar da probóscide quando aquele órgão for innvaginado.
Não há sistema
respiratório. Quando presente o sistema excretor consiste em um par de
protonefridios com células-flama.
O sistema nervoso tem um
gânglio central dentro do receptáculo da probóscide e nervos irradiados para a
probóscide e nervos irradiados para a probóscide e para o corpo. Há terminações
sensoriais na probóscide e na bursa genital.
Os acontocéfalos não
tem trato digestivo, absorvendo todos os nutrientes através de seu tegumento.
São dioicos. Um par de
ligamentos genitais tubulares, ou sacos do ligamento, estendem-se
posteriormente a partir do fim do receptáculo da probóscide.Os machos tem um
par de testículos, cada um com um vaso deferente e um tubo ejaculatório comum,
o qual termina em um pênis pequeno.
Em fêmeas o tecido
ovariano no saco do ligamneto quebra-se em bolas ovarianas que rompem o saco do
ligamento e flutuam livremente na pseudocele. Um dos sacos de ligamento conduz
a um sino uterino, na forma de funil, que recebe os embriões encapsulados em
desenvolvimento e os passa ao útero.
Os embriões
encapsulados são liberados nas fezes do hospedeiro vertebrado e não eclodem até
que sejam ingeridos por um hospedeiro intermediário. A larva (acântor) perfura
o intestino e desenvolve-se em um jovem (cistacântor) na hemocele do inseto.
FILO
ENTOPROCTA
Os Entoprocta (Gr. Entos, dentro, + proktos, ânus) são pequenos filos de cerca de 150 espécies de
animais minúsculos e sésseis que superficialmente se assemelham aos cnidários
hidróides, mas possuem tentáculos ciliados quer tendem a se a cuvar para
dentro. A maioria dos entoproctos é microscópio e nenhum ultrapassa 5 mm de
comprimento. Todos eles são formas pedunculadas e sésseis, alguns são coloniais
e alguns são solitários. Todos comem por cílios.
Com a exceção do gênero Urnateilla, todos os entoproctos são formas marinhas que têm uma
ampla distribuição desde as regiões polares até os trópicos. A maioria das
espécies marinhas está restrita ás águas costeiras e salobras, e freqüentemente
crescem sobre conchas e algas.
FORMA E FUNÇÃO
O corpo, ou cálice de um entoprocto tem forma
de um cálice, possuindo uma coroa, ou círculo, de tentáculos ciliados, e pode
está par preso a um substrato por um pedúnculo único em disco de fixação com
glândulas adesivas, como nos solitários Loxosoma
e Loxomella.
Os tentáculos podem enrolar-se para dentro
da coroa, cobrindo e protegendo a boca e o ânus, mas não podem ser retraídos para
dentro do cálice.
O movimento é geralmente restrito nos entoproctos,
mas Loxosoma, que vive nos tubos de
anelídeos marinhos, é bastante ativo, movendo-se livremente sobre o anelídeo e
seu tubo.
O intestino é em forma de U e ciliado, e a
boca e o ânus abrem-se dentro do círculo de tentáculos. Os entoproctos comem por
filtração ciliar. Os longos cílios nos lados dos tentáculos mantêm em
movimento, entre os tentáculos, uma corrente de água que contém protozoários,
diatomáceas e partículas de detrito. Os cílios curtos nas superfícies internas
dos tentáculos capturam a comida e a dirigem para, baixo na direção da boca.
A parede de corpo consiste em uma cutícula,
uma epiderme celular e músculos longitudinais. A pseudocele está amplamente preenchida
por um parênquima gelatinoso no qual estão embebidos um par de protonefrídios e
seus tubos, que se unem e abrem-se próximos da boca. Há um gânglio nervoso bem
desenvolvido no lado ventral do estômago e a superfície do corpo possui cerdas
e poros sensoriais. Os órgãos circulatórios e respiratórios estão ausentes. A
troca de gases ocorre na superfície do corpo.
Algumas espécies são monóicas, algumas dióicas
e algumas parecem ser protândricas, quer dizer, a gônada primeiramente produz
espermatozóides e posteriormente produz óvulos. Os gonodutos abrem-se dentro do
círculo de tenúculos.
Os ovos desenvolvem-se em uma depressão, ou
bolsa incubadora, entre o gonóporo e o ânus. Os entoproctos têm um padrão de
clivagem espiral modificada com os blastômeros em mosaico. O embrião tem gastrulação
por invaginação. A larva, assemelhada a uma trocófora, é ciliada e livre. Ela
tem um tufo apical de cílios na extremidade anterior e uma cintura ciliada ao
redor da margem ventral do corpo, A larva acaba assentando- se no substrato e
invertendo-se para formar o adulto.
Referência:
Hickman Jr., Cleveland P.; Roberts, Larry S.; Larson, Allan
Princípios Integrados de Zoologia - 11ª Ed 2004
Editora Guanabara KooganRio de Janeiro