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quinta-feira, 11 de abril de 2013



Animais Pseudocelomados
Os vertebrados e invertebrados mais complexos têm um celoma verdadeiro, ou uma cavidade peritoneal, que é formado no mesoderma durante o desenvolvimento embrionário e é, portanto, revestido por uma camada de epitélio mesodérmico, o peritônio. Os filos de pseudocelomados têm uma pseudocele ao invés de um celoma verdadeiro. A pseudocele é derivada da blastocele embrionária ao invés de ser uma cavidade secundária dentro do mesoderma. Ela consiste em um espaço entre o intestino e os componentes mesodérmicos e ectodérmicos da parede do corpo e não é revestida por peritônio.


Nove grupos distintos de animais pertencem à categoria de pseudocelomados: Rotifera, Gastrotricha, Kinorhyncha, Nematoda, Nematomorpha, Loricifera, Priapulida, Acanthocephala e Entoprocta. Jáque os cinco primeiro grupos têm certas semelhanças, eles foram antigamente considerados como classes em um filo chamado Aschelminthes (Gr. Askos, bexiga, + helmins, verme). Porém, eles diferem tanto que suas relações filogenéticas são altamente discutíveis, e são agora considerados como filos separados. Alguns agrupam os cinco como filos individuais em um superfilo Aschelminthes. Os Entoprocta foram às vezes agrupados com os Ectoprota e, conjuntamente, denominados Bryozoa (animais-musgos). Porém, devido aos ectoproctos terem um celoma verdadeiro, eles são normalmente considerados coo um filo separado, e o termo “briozoários” é atualmente considerado como excluindo os entoproctos.
De qualquer maneira que sejam classificados, os pseudocelomados constituem um grupo heterogêneo de animais. A maioria deles é pequena; alguns são microscópicos; alguns são bastante grandes. Alguns, tais como os nemátodes, são encntrados em hábitats de água doce, marinhos, terrestres e parasitários; outros, tais como Acanthocephala, são estritamente parasitas. Alguns têm características únicas, como o sistema lacunar de acantocéfalos ou a coroa ciliada de rotíferos.
Até mesmo em um grupamento tão diversificado algumas características são compartilhadas. Todos têm uma parede de corpo de epiderme (frequentemente sincicial), uma derme e músculos que envolvem a pseudocele. O trato digestivo é completo (exceto em Acanthocephala) e, juntamente com as gônadas e órgãos de excreção, está dentro da pseudocele e envolvido por fluido perivisceral. A epiderme de muitos secreta uma cutícula de material não-vivo com algumas especializações, tais como cerdas ou espinhos.
Um número constante de células ou núcleos em indivíduos de uma espécie, ou em partes dos corpos destes, é conhecido como eutelia, que é comum a vários dos grupos.



Características dos filos pseudocelomados
1.                 Simetria bilateral; não-segmentado; triblástico (três folhetos germinativos)
2.                 Pseudocele como cavidade corpórea
3.                 Maioria de tamanho pequeno; alguns microscópicos; uns poucos com um metro ou mais de comprimento
4.                 Corpo vermiforme; parede do corpo é uma epiderme celular ou sincicial com uma cutícula espessada, algumas vezes com mudas; maioria das camadas musculares composta de fibras longitudinais; cílios ausentes em vários filos
5.                 Sistema digestivo (ausente em acantocéfalos) completo com boca, intestino e ânus ; faringe muscular e bem desenvolvida: arranjo de “tubo dentro de tubo”; trato digestivo geralmente com u tubo epitelial sem camada muscular definida
6.                 Ausência de órgãos circulatórios e respiratórios
7.                 Sistema excretor de canais e protonefrídios em alguns; podem estar presentes cloacas que recebem os produtos da excreção, digestão e reprodução
8.                 Sistema nervoso de gânglios cerebrais ou um anel nervoso circum-entérico conectado aos nervos anterior e posterior; órgãos do sentidos são poros ciliados, papilas, cerdas e alguns ocelos
9.                 Sistema reprodutor com gônadas e dutos que podem ser simples ou duplos; quase sempre com sexos separados, com os machos frequentemente menores que as fêmeas; ovos microscópicos com casca que frequentemente contêm quitina
10.             Desenvolvimento pode ser direto ou com um complicado ciclo de vida; clivagem geralmente em mosaico; constância no número de células ou núcleos é comum
      
Filo Rotifera
Os Rotifera (L. rota, roda, + fera, aqueles que possuem) têm seu nome derivado da coroa ciliada característica que, ao bater, frequentemente dá a impressão de rodas girando. Os rotíferos variam de 40 micrômetros a 3 mm de comprimento, mas a maioria mede entre 100 e 500 micrômetros. Alguns têm cores lindas, embora a maioria seja transparente, e alguns têm formas bizarras (Figura 2). Suas formas são frequentemente correlacionadas com seu modo de vida. Os flutuadores são normalmente globulares e saculiformes; os rastejadores e nadadores são algo alongados e vermiformes; e os tipos sésseis geralmente são vasiformes, com uma epiderme exterior espessada (lórica). Alguns são coloniais. Um dos gêneros mais bem conhecidos é philodina (Gr. Philos, amigos de, + dinos, girando), que é frequentemente usada para estudo.


Os rotíferos são um grupo cosmopolita de cerca de 1.800 espécies, algumas das quais são encontradas em todo o mundo. A maioria da espécies é habitante de água doce, algumas são marinhas, algumas são terrestres e algumas são epizóicas (vivem cobre o corpo de outro animal) ou parasitas.
Os Rotifera são adaptados a muitos tipos de condições ecológicas. A maioria das espécies é bentônica, vivendo no fundo ou na vegetação de lagoas ou ao longo das costas de lagos de água doce onde eles nadam ou rastejam sobre a vegetação. Uma grande proporção das espécies que vivem no filme de água doce de areia das praias (meiofauna) é de rotíferos. As formas pelágicas são comuns em águas de superfície de lagos e lagoas de água doce e podem exibir ciclomorfose, variações na forma do corpo que são resultados das mudanças sazonais ou nutricionais.
Muitas espécies de rotíferos podem suportar longos períodos de dessecação durante os quais se assemelham aos grãos de areia. Enquanto estiverem em condição de dessecação, os rotíferos são muito tolerantes às variações de temperatura, especialmente aqueles que vivem em musgos. O encistamento verdadeiro acontece apenas em alguns rotíferos. Na adição de água, os rotíferos dessecados retomam suas atividades.
As espécies estritamente marinhas são poucas em número. Algumas espécies marinhas litorâneas (entremarés) podem ser espécies e água doce que estão aptas a se adaptar à água do mar.
Forma e Função
Características Externas
O corpo de um rotífero é composto de uma cabeça onde há uma coroa ciliada, um tronco e uma calda posterior, ou pé. Esse corpo é coberto por uma cutícula e é, com exceção da coroa, aciliado.
A coroa ciliada envolve uma área central aciliada na cabeça, a qual pode conter cerdas ou papilas sensoriais. A aparência da extremidade cefálica depende de qual dos vários tipos de coroa o indivíduo possui- normalmente um círculo de algum tipo, ou um par de discos trocais ou coronais (o termo trocal vem de uma palavra grega que significa roda). Os cílios na coroa batem em sucessão, dando a aparência de uma roda girando ou de um par de rodas. A boca fica situada na coroa no lado mediano-ventral. Os cílios coronais são usados tanto na locomoção como na alimentação.
O tronco pode alongar-se, como em philodina, ou ser saculiforme. Ele contém os órgãos viscerais e frequentemente possui antenas sensoriais. A parede do corpo de muitas espécies é superficialmente anelada, simulando uma segmentação.
O pé é um órgão de adesão e contém glândulas pedais que secretam um material adesivo usado por formas sésseis e rastejantes. Em formas natantes pelágicas, o pé está frequentemente reduzido. Os rotíferos se movem rastejando com movimentos de mede-palmos ajudados pelo pé, ou nadando com os cílios coronais, ou ambos.
Características Internas
Abaixo da cutícula há uma epiderme sincicial, que secreta a cutícula, e faixas de músculos subepidérmicos, alguns circulares, alguns longitudinais e alguns atravessando a pseudocele em direção a órgãos viscerais. A pseudocele é ampla, ocupando o espaço entre a parede de corpo e as vísceras. Ela é preenchida por fluido, algumas das faixas musculares e uma rede de células mesenquimáticas ameboides.
O sistema digestivo é completo. Alguns rotíferos se alimentam através da passagem de diminutas partículas orgânicas ou algas para a boca pelo batimento dos cílios coronais. Os cílios podem selecionar as partículas maiores que sejam inadequadas. A faringe (mástax) é provida com uma porção muscular que é equipada com mandíbulas duras (trofos) para sucção e trituração de partículas alimentares. A faringe, que está constantemente mastigando, é frequentemente uma característica distintiva destes minúsculos animais. As espécies carnívoras se alimentam de protozoários e metazoários pequenos que elas capturam apanhando-os por meio de armadilhas. Os rotíferos que usam armadilhas têm uma área em forma de funil ao redor da boca. Quando a pequena presa nada para dentro do funil, os lobos se dobram para capturá-la e a seguram até que ela seja passada à boca e à faringe. Os rotíferos caçadores têm os trofos que podem ser projetados e utilizados como pinças para agarrar a presa, trazê-la à faringe e então perfurá-la ou quebrá-la de tal forma que as partes comestíveis possam ser sugadas e o resto descartado. Acredita-se que as glândulas salivares e gástricas secretam enzimas para digestão extracelular. A absorção ocorre no estômago.
 O sistema excretor tipicamente consiste em um par de túbulos protonefridiais, cada um com várias células-flama que se ligam a uma bexiga comum. A bexiga, por pulsação, se esvazia em uma cloaca- na qual o intestino e os ovidutos também se abrem. A pulsação bastante rápida dos protonefrídios – uma a quatro vezes por minuto- indica que os protonefrídios são importantes órgãos de osmorregulção. A água aparentemente entra pela boca e não pela epiderme; mesmo espécies marinhas esvaziam suas bexigas em intervalos frequentes.
O sistema nervoso consiste em um cérebro bilobado, dorsal ao mástax, que envia nervos pares aos órgãos dos sentidos, mástax, músculos e vísceras. Os órgãos sensoriais incluem ocelos pareados (em algumas espécies com philodina), cerdas e papilas sensoriais, poros ciliados e uma antena dorsal.
Reprodução
Os rotíferos são dioicos, sendo os machos normalmente menores que as fêmeas. Na classe Bdelloidea, os machos são completamente desconhecidos, e em Monogononta eles parecem ocorrer durante algumas poucas semanas do ano.
O sistema reprodutor feminino dos Bdelloidea e Monogononta consiste em ovários combinados a glândulas vitelinas (germovitelário) e em ovidutos que se abrem na cloaca. O vitelo é provido aos óvulos em desenvolvimento via pontes citoplasmáticas de fluxo ao invés de células vitelinas separadas, como nos Platyhelminthes de ovos ectolécitos.
 Em Bdelloidea (philodina, por exemplo), todas as fêmeas são partenogenéticas e produzem ovos diploides que eclodem fêmeas diploides. Estas fêmeas alcançam a maturidade em poucos dias. Na classe Seisonidea, as fêmeas produzem ovos haploides, que devem ser fertilizados e que podem desenvolver-se em machos ou fêmeas. Em Monogononta, porém, as fêmeas produzem dois tipos de ovos. Durante a maior parte do ano, as fêmeas diploides produzem ovos diploides amícticos de casca fina. Estes ovos desenvolvem-se partenogeneticamente em fêmeas diploides amícticas. Porém, estes rotíferos frequentemente vivem em lagoas temporárias ou fluxos de água e são cíclicos em seus padrões reprodutivos. Qualquer um dos vários fatores ambientais- por exemplo, adensamento da população, dieta ou fotoperíodo (de acordo com a espécie)- pode induzir ovos amícticos para desenvolverem-se em fêmeas diploides mícticas que produzirão ovos haploides mícticos de casca fina. Se estes ovos não forem fertilizados, eles se desenvolverão em machos haploides. Mas se os ovos forem fertilizados, os ovos desenvolvem uma casca grossa e resistente e se tornam dormentes. Eles sobrevivem durante todo o inverno (“ovo de inverno”) ou até que as condições ambientais sejam novamente satisfatórias, quando eclodirão fêmeas diploides. Os ovos de dormência são frequentemente dispersos pelo vento ou por aves que podem responder pelos padrões peculiares de distribuição dos rotíferos.
O sistema reprodutor masculino inclui um único testículo e um duto espermático ciliado que se dirige a um poro genital (machos geralmente não possuem uma cloaca). O fim do duto espermático é especializado na forma de órgão copulador. A cópula normalmente ocorre por impregnação hipodérmica; o pênis pode penetrar qualquer parte da parede do corpo feminino e pode injetar o esperma diretamente na pseudocele.
As fêmeas eclodem de seus ovos com características de adultos, apenas necessitando alguns poucos dias de crescimento para atingir a maturidade. Os machos frequentemente não crescem e são sexualmente maduros já na eclosão.
Constância Nuclear
A maioria das estruturas em rotíferos é sincicial, mas os núcleos de vários órgãos são conhecidos por apresentar uma constância notável em seu número em uma determinada espécie (eutelia). Por exemplo, E. Martini (1912) relatou que em uma espécie de rotífero ele sempre encontrou 183 núcleos no cérebro, 39 no estômago, 172 no epitélio da coroa e assim por diante. Os organismos com eutelia demonstram um controle genético altamente preciso da divisão e diferenciação nucleares. Os núcleos são programados para diferenciarem-se e dividirem-se um número exato de vezes, interrompendo o processo quando o referido número é atingido.    


Filo Gastrotricha
Os Gastrotricha (N. L. do Gr., gaster, gastros, estômago ou barriga, = thrix, trichos, pelo) incluem animais pequenos, de aproximadamente 65 a 500 micrômetros de comprimento, achatados ventralmente, um pouco parecidos com os rotíferos mas faltando uma coroa e um mástax, e possuindo caracteristicamente um corpo cerdoso ou escamoso. Eles são normalmente encontrados deslizando, por meio de seus cílios ventrais, sobre o fundo ou sobre uma planta aquática ou sobre um substrato animal, ou compõem parte da meiofauna em espaços intersticiais entre as partículas do substrato.
Os gastrótricos são encontrados em água doce e salgada. As cerca de 400 espécies estão mais ou menos igualmente divididas entre os dois meios. Muitas espécies são cosmopolitas, mas só algumas ocorrem tanto em água doce quanto no mar. Muito ainda há que se aprender sobre sua distribuição.



Forma e função
Um gastrótrico é geralmente alongado, com uma superfície dorsal convexa possuindo um padrão de cerdas, espinhos ou escamas, e uma superfície ventral ciliada aplainada. As células na superfície ventral podem sem monociliadas ou multiciliadas. A cabeça é frequentemente lobulada e ciliada, e a extremidade caudal pode ser aforquilhada.
Uma epiderme sincicial é encontrada abaixo da cutícula. Os músculos longitudinais são mais desenvolvidos que os circulares e, na maioria dos casos, não são estriados. Tubos adesivos secretam uma substância para aderência. Um sistema duoglandular para aderência e liberação está presente. A pseudocele é um pouco reduzida e não contém amebócitos.
O sistema digestivo é completo, sendo composto por uma boca, uma faringe muscular, um estômago-intestino e um ânus. O alimento é composto em grande parte por algas, protozoários e detritos, os quais são dirigidos à boca pelos cílios da cabeça. A digestão parece ser extracelular. Os protonefrídios são equipados com solenócitos em vez de células-flama. Os solenócitos possuem um único flagelo envolvido por um cilindro de bastões citoplasmáticos.
O sistema nervoso inclui um cérebro próximo à faringe e um par de troncos nervosos laterais. As estruturas sensoriais são semelhantes àquelas dos rotíferos, exceto que ocelos estão geralmente ausentes. As cerdas sensoriais, frequentemente concentradas na cabeça, são modificações a partir dos cílios.
Os gastrótricos são hermafroditas, embora o sistema masculino de alguns seja tão rudimentar que eles sejam, funcionalmente, fêmeas partenogenéticas. Como os rotíferos, alguns gastrótricos produzem ovos de desenvolvimento rápido com cascas finas e ovos dormentes de cascas grossas. Os ovos de casca grossa podem resistir a condições ambientais severas e podem sobreviver em dormência durante alguns anos. O desenvolvimento é direto e os jovens têm a mesma forma dos adultos.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-asquelminto/filo-asquelminto-4.php



Filo Kinorhyncha
Os Kinorhyncha (Gr. Kinein, mover, + rhynchos, bico) são vermes marinhos um pouco maiores que rotíferos e gastrótricos, mas geralmente com não mais de 1 mm de comprimento. O filo foi também chamado Echinodera, o que significa “pescoço com espinhos”. Foram descritas aproximadamente 75 espécies.
Os Kinorhyncha são cosmopolitas, vivendo de pólo a pólo, das áreas entremarés até 6.000 m de profundidade. A maioria vive em lama ou lama-arenosa, mas alguns têm sido encontrados em talos de algas, esponjas ou outros invertebrados. Eles se alimentam principalmente de diatomáceas. Cerca de 100 espécies já foram registradas. Entre os gêneros mais bem conhecidos de Kinorhyncha estão Echinodera, Pycnophyes e Kinorhynchus.


Forma e função
O corpo dos Kinorhyncha é dividido em 13 segmentos que possuem espinhos, mas não apresentam nenhum cílio. A cabeça retrátil tem uma fileira de espinhos com uma pequena probóscide retrátil. O corpo é ventralmente plano e dorsalmente curvo. A parede do corpo é composta por uma cutícula, uma epiderme sincicial e cordões epidérmicos longitudinais, bastante parecidos com os dos nemátodes. O arranjo dos músculos está correlacionado com os segmentos, e faixas musculares circulares, longitudinais e diagonais estão representadas.
Um Kinorhyncha não pode nadar. No lodo e na lama onde geralmente vivem, eles escavam através da extensão da cabeça na lama e ancorando-se com os espinhos. A seguir o animal puxa seu corpo no sentido do movimento até que sua cabeça seja retraída em seu corpo. Quando perturbado um Kinorhyncha recolhe sua cabeça e a protege com um aparato de fechamento formado por placas cuticulares.
O sistema digestivo é completo, com uma boca na ponta de uma probóscide, uma faringe, um esôfago, um estômago-intestino e um ânus. Os Kinorhyncha se alimentam de diatomáceas ou de material orgânico na lama onde eles escavam.
A pseudocele é preenchida com amebócitos que contém fluido. O sistema excretor é constituído por um protonefrídio multinucleado na forma de um solenócito e cada lado dos segmentos de números dez e onze. Cada solenócito tem um flagelo longo e um flagelo curto.
O sistema nervoso está em contato com a epiderme, com um cérebro multilobulado que envolve a faringe e um cordão nervoso ganglionar ventral que se estende ao longo do corpo. Os órgãos dos sentidos estão representados por ocelos em algumas espécies e pelas cerdas sensoriais.
Os sexos são separados, com gônadas e gonodutos pares. Há uma série de cerca de seis fases juvenis e uma fase definitiva de adulto que não sofre mais mudas.

Filo Loricifera
Os Loricifera (L. lorica, espartilho, + Gr. Phora, portador de) constituem um filo de animais recentemente descrito (1983). Os animais minúsculos (0,25 mm de comprimento) vivem em espaços entre os grãos do sedimento marinho, aos quais eles se agarram firmemente. Embora tivessem sido descritos a partir de espécimes coletados ao largo da costa da França, eles aparentemente têm ampla distribuição no mundo.


http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br/2010/04/descobertos-animais-marinhos-que-vivem.html


Forma e função
Os Loricifera têm estilos orais e escálides bastante semelhantes àquelas dos Kinorhyncha, e toda a região anterior pode ser retraída para dentro da lórica circular. A natureza de sua dieta é desconhecida. Seu cérebro preenche a maior parte da cabeça e as escálides são inervadas através de nervos que partem do cérebro e de outros gânglios. Os sexos são separados, mas os detalhes da reprodução não são conhecidos. Os jovens se assemelham aos adultos em diversos aspectos, mas possuem um par de artelhos achatados que se acredita funcionarem na locomoção.


http://elmundodelabiologa.blogspot.com.br/2009/09/caracteristicas-principales-del-phylum.html

Filo Priapulida
Os Priapulida (Gr. Priapos, falo, + ida, sufixo plural) são um grupo pequeno (apenas 18 espécies) de vermes marinhos encontrados principalmente em águas mais frias de ambos os hemisférios. Eles foram registrados ao longo da costa Atlântica da América do Norte, desde o Massachusettes até a Groenlândia, e ao longo da costa Pacífica desde a Califórnia até o Alasca. Eles vivem na lama e areia do substrato marinho e ocupam desde a zona entremarés até profundidades de vários milhares de metros. Tubiluchus (L. tubulus, dim. de tubus, tubo) é um minúsculo comedor de detritos adaptado à vida intersticial em sedimentos coralíneos de águas mais quentes. Maccabeus (nome de um patriota da Judéia que morreu em 160 A.C.) é um pequeno animal tubícola descoberto em fundos barrentos mediterrâneos.

Forma e função
Os priápulos têm corpos cilíndricos, normalmente menores que 12 a 15 cm de comprimento, mas Halicryptusbigginsi tem até 39 cm de comprimento. A maioria deles é predadora e escavadora e normalmente se orientam verticalmente no substrato com a boca junto à superfície. Eles são adaptados para escavação através de contrações do corpo.
O corpo inclui uma probóscide, tronco e, normalmente, um ou dois apêndices caudais. Sua probóscideeversível é ornamentada com papilas e extremidades com fileiras de espinhos curvos que cercam a boca. A probóscide é usada para explorar o ambiente bem como para capturar presas pequenas de corpos não endurecidos. Maccabeus tem uma coroa de tentáculos braquiais a o redor de sua boca.
O tronco não é metamerizado, mas é dividido superficialmente em 30 a 100 anéis e está coberto por tubérculos e espinhos. Os tubérculos são provavelmente de função sensorial. O ânus e os poros urogenitais ficam situados na extremidade posterior do tronco. Os apêndices caudais são processos ocos os quais crê-se serem de função respiratória e provavelmente quimiorreceptora. Uma cutícula quitinosa, mudada periodicamente ao longo da vida, cobre o corpo do animal.
O sistema digestivo contém uma faringe muscular, um intestino retilíneo e um reto. Há um anel nervoso ao redor da faringe e um cordão nervoso ventral mediano. A cavidade do corpo possui amebócitos e, pelo menos em Priapuluscaudatus, corpúsculos que contêm um pigmento respiratório chamado hemeritrina.
Os sexos são separados. Cada um dos órgãos urogenitais pares é composto por uma gônada e grupos de solenócitos, ambos conectados a um túbulo protonefridial que leva os gametas e produtos da excreção ao exterior. A embriologia é pouco conhecida. Em alguns priápulos o óvulo passa por uma clivagem radial e desenvolve-se em uma estereogástrula. As larvas de Priapulos escavam na lama e tornam-se comedoras de detritos.
Considerados como pseudocelomados por um longo tempo, os priápulos foram erroneamente classificados como celomados quando se encontraram núcleos em membranas que revestem a cavidade de corpo; essas membranas foram então interpretadas como peritônio. Porém, a microscopia eletrônica mostrou que núcleos de suas células musculares eram periféricos e os músculos secretavam uma membrana extracelular. Os núcleos dos músculos e a membrana extracelular deram a falsa aparência de um revestimento epitelial.

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Filo Nematoda: Nemátodes
Aproximadamente 12.000 espécies de Nematoda (Gr. Nematos, flamento) foram nomeadas até o momento, mas foi calculado que, se todas as espécies fossem conhecidas, esse número seria próximo de 500.000. Eles vivem no mar, na água doce e no solo, desde as regiões polares até os trópicos, e desde picos de montanhas até as profundezas do mar. Um bom solo pode conter bilhões de nemátodes por acre. Os nemátodes também parasitam virtualmente todos os tipos de animais e muitos dos tipos de plantas. Os efeitos de infestação por nemátode em colheitas, animais domésticos e humanos fazem deste filo um dos mais importantes grupos dentre todos os animais parasitas.
Os nemátodes de vida livre alimentam-se de bactérias, fungos e suas hifas, e algas. Eles podem ser saprófagos ou coprófagos (que vivem em matéria fecal). As espécies predadoras podem alimentar-se de rotíferos, tardígrados, anelídeos pequenos e outro nemátodes. Muitas espécies se alimentam de seivas de plantas superiores, as quais eles penetram, algumas vezes causando danos agrícolas de grandes proporções. Os nemátodes podem ser presas de ácaros, larvas de insetos e até mesmo fungos que os capturam. Caenorhabditiselegans, um nematóde de vida livre, é fácil de se cultivar em laboratório e tornou-se um modelo inestimável para estudos básicos de biologia do desenvolvimento.
Virtualmente todas as espécies de vertebrados e muitas das de invertebrados servem como hospedeiros para um ou mais tipos de nemátodes parasitas. Os parasitas nemátodes de humanos causam muito desconforto, doenças e morte, e em animais domésticos eles são uma fonte de grande perda econômica.




Forma e Função
As características distintivas deste grande grupo de animais são sua forma cilíndrica; sua cutícula flexível não-viva; sua falta de cílios móveis ou flagelos (exceto em uma espécie); os músculos de sua parede corpórea, os quais têm várias características incomuns, tais como seu desenvolvimento exclusivo na direção longitudinal, e a eutelia. Correlacionado a sua ausência de cílios, os nemátodes não possuem protonefrídios; seu sistema excretor consiste em uma ou mais células glandulares maiores que se abrem por um poro excretor, ou um sistema de canais sem células e canais juntos. A faringe dos nemátodes é caracteristicamente muscular com uma luz trirradial e assemelha-se à faringe de Gastrotricha e Kinorhyncha. O uso da pseudocele como um órgão hidrostático é altamente desenvolvido em nemátodes e muito da morfologia funcional deles pode ser melhor entendida no contexto de alta pressão hidrostática (turgidez) na pseudocele.
A maioria dos nemátodes possui menos de 5 cm de comprimento e muitos são microscópicos, mas alguns nemátodes parasitas possuem mais de 1 m de comprimento.
A superfície externa do corpo é relativamente espessa, com uma cutícula acelular secretada pela epiderme subjacente (hipoderme).A hipoderme é sincicial e seus núcleos ficam situados em quatro cordões hipodérmicos que se projetam internamente. Os cordões hipodérmicos dorsal e ventral possuem os nervos longitudinais dorsal e ventral e os cordões laterais possuem os canais excretores. A cutícula é de grande importância funcional para o nemátode, servindo para conter a alta pressão hidrostática gerada pelo fluido da pseudocele. As várias camadas da cutícula são principalmente de colágeno, uma proteína estrutural também abundante no tecido conjuntivo dos vertebrados. Três das camadas são compostas de fibras trançadas, as quais conferem um pouco de elasticidade longitudinal ao verme mais limitam severamente sua capacidade de expansão lateral.
Os músculos da parede de corpo de nemátodes são muito incomuns. Eles se encontram abaixo da hipoderme e contraem-se apenas longitudinalmente. Não há nenhum músculo circular na parede do corpo. Os músculos são organizados em quatro bandas, ou quadrantes, marcados pelos quatro cordões hipodérmicos. Cada célula muscular tem uma porção fibrilar contrátil (ou fuso) e uma porção não-contrátil de sarcoplasma (corpo celular). O fuso é distal e limita a hipoderme, e o corpo celular se projeta na pseudocele. O fuso é estriado com faixas de actina e miosina, reminiscentes do músculo esquelético dos vertebrados. Os corpos celulares contêm os núcleos e são um depósito principal para armazenamento de glicogênio no verme. Um processo ou braço muscular estende-se de cada corpo celular para o nervo ventral ou para o nervo dorsal. Embora não seja único dos nemátodes, este arranjo é muito curioso; na maioria dos animais os processos nervosos estendem-se para o músculo em vez do contrário.
A pseudocele preenchida por fluido, na qual se encontram os órgãos internos, constitui um esqueleto hidrostático. Os esqueletos hidrostáticos, encontrados em muitos invertebrados, dão sustentação através da transmissão da força de contração muscular para o seu conteúdo, um fluido incompressível. Normalmente os músculos são organizados antagonicamente, de tal forma que o movimento é efetuado em uma direção pela contração de um grupo de músculos, e o movimento na direção oposta é efetuado pelo conjunto antagônico de músculos. Porém, os nemátodes não têm músculos circulares na parede do corpo para se antagonizarem aos músculos longitudinais; então a cutícula tem de suprir esta função. Quando os músculos em um lado do corpo se contraem, eles comprimem a cutícula naquele lado, e a força da contração é transmitida (pelo fluido da pseudocele) para o outro lado do nemátode, estirando a cutícula naquele lado. Esta compressão e estiramento da cutícula servem como antagonistas para o músculo e são as forças que retornam o corpo para a posição de descanso quando os músculos relaxam; esta ação produz a conformação serpenteante característica vista no movimento de um nemátode. Um aumento em eficiência deste sistema só pode ser alcançado por um aumento na pressão hidrostática. Por conseguinte, a pressão hidrostática na pseudocele de um nemátode é muito mais alta que aquela normalmente encontrada em outros tipos de animais que têm esqueletos hidrostáticos, mas quem também possuem grupos de músculos antagônicos.
O tubo digestivo dos nemátodes consiste em uma boca, uma faringe muscular, um longo intestino não-muscular, um reto curto e um ânus terminal. O alimento é sugado para a faringe quando os músculos em sua porção anterior contraem-se rapidamente e abrem seu lúmen. O relaxamento dos músculos anteriores à massa alimentar fecha o lúmen da faringe, forçando o alimento em direção posterior para o intestino. O intestino é da espessura de uma camada celular. A matéria alimentícia move-se posteriormente através de movimentos corpóreos e devido ao alimento adicional que é passado ao intestino a partir da faringe. A defecação é realizada por músculos que simplesmente mantêm o ânus aberto, e sua força de expulsão é fornecida pela alta pressão pseudocelomática que envolve o intestino.
Os adultos de muitos nemátodes parasitas têm um metabolismo energético anaeróbico; assim, o ciclo de Krebs e o sistema de citocromos característicos de um sistema metabólico aeróbico estão ausentes. Eles derivam energia por glicólise e provavelmente através de algumas sequências de transporte de elétrons incompletamente conhecidas. De maneira interessante, alguns nemátodes de vida livre e estágios de vida livre de nemátodes parasitas são obrigatoriamente aeróbicos e têm um ciclo de Krebs e sistema de citocromos.
Um anel de tecido nervoso e gânglios ao redor da faringe dá origem a pequenos nervos dirigindo-se para extremidade anterior e a dois cordões nervosos, um dorsal e um ventral. As papilas sensoriais estão concentradas ao redor da cabeça e da cauda. Os anfídeossão um par de órgãos sensoriais algo complexos que se abrem em cada lateral da cabeça no mesmo nível do círculo cefálico de papilas. A abertura anfidial leva a um poro cuticular profundo com terminações sensoriais de cílios modificados. Os anfídeos são geralmente reduzidos em nemátodes parasitas de animais, mas a maioria dos nemátodes parasitas possui um par de fasmídeos bilaterais próximos á extremidade posterior. Estes são estruturalmente bastante semelhantes aos anfídeos.
A maioria do nemátodes é dióica. Os machos são menores que as fêmeas e suas extremidades posteriores geralmente possuem um par de espículas copulatórias. A fertilização é interna e os ovos são normalmente armazenados no útero até sua postura. Depois da embriogênese o verme juvenil eclode. As quatro fases juvenis estão separadas umas das outras por mudas ou perdas da cutícula. Muitos nemátodes parasitas têm fases juvenis de vida livre. Outros necessitam de um hospedeiro intermediário para completar seus ciclos de vida.




ALGUNS NEMÁTODES PARASITAS

Quase todos os vertebrados e muitos invertebrados são parasitados por nemátodes. Vários destes são patógenos muito importantes de humanos e animais domésticos,normalmente abundam em países tropicais.

ASCARIS LUMBRICOIDES

Devido ao tamanho e abundância da Ascaris é normalmente selecionado como um tipopara o estudo da zoologia bem como paratrabalhos experimentais.  Este gênero inclui várias espécies.Ascaris lumbricoidesé um dos parasitas mais comuns encontradas em seres humanos.


http://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/&usg       


Uma fêmea de Ascaris pode botar l00.000 ovos por dia sendo transmitidos através das fezes do hospedeiro.  Luz solar direta e temperaturas altas são rapidamente letais, mas os ovos têm uma tolerância surpreendente a outras condições adversas, tais como a dessecação ou a falta de oxigênio.



http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ascaris%20lumbricoides.htm


A infecção normalmenteacontece quando são ingeridos ovoscom vegetais crus ou quando as crianças põem seus dedos ou brinquedos sujos de terra em suas bocas. Quando um hospedeiro engole ovosembrionados, os jovens minúsculos eclodem, perfuram a parede intestinal atingindo veias ou vasos linfáticose são levados através do coração para os pulmões. Nesta fasepodem causar uma pneumoniaséria. Ao alcançar a faringe, os jovens são engolidos, passam pelo estômagoe finalmente amadurecem. No intestino causam sintomas abdominais e reações alérgicas e, em grandes números,podem causar bloqueio ou perfuração intestinal. Podem emergir ocasionalmente doânus ou garganta ou podem entrar natraqueia ou nos túbulos de Eustáquio e noouvido médio.

Vermes da Ancilostomíase

A espécie mais comum é Necator americanos.Os machos podem alcançar 9 mm de comprimento e as  fêmeas até 11 mm. Grandes placas em suas bocas cortam a mucosa intestinal do hospedeiro, onde eles sugam sangue e o bombeiam através de seu intestino, digerindo-o parcialmente e absorvendo os nutrientes.


                                                         
http:// www. bio390parasitology.blogspot.com


Os ovos são transmitidos nas fezes e os jovens eclodem no solo, onde vivem sobrebactérias. Quando a pele humana entra em contato com o solo infectado, os jovens infestantes perfuram a pele até atingir o sangue, alcançam os pulmões e, finalmente, o intestino, de uma maneira semelhante àquela descrita para Ascarís.

VERME TRIQUINA

Trichinellaspiralisum minúsculo verme é responsável por uma doença potencialmente letal chamada triquinose. Os vermes adultos perfuram a mucosa do intestino delgado onde as fêmeas produzem jovens viventes. Os jovens penetram os vasos sanguíneos e são levados ao longo do corpo, onde podem ser encontrados em quase qualquer tecido ou espaço corpóreo. Os jovens causam um surpreendente redirecionamento da expressão gênica na célula de seu hospedeiro, que perde seus estriamentos e se torna uma célula de nutrição do verme.


http://www.infoescola.com/doencas/triquinose/


Tricbinella spp. pode infectar uma grande variedade de mamíferos além dos seres humanos, inclusive porcos, ratos, gatos e cachorros.

OXIURÍDEOS

Os parasitas de adulto Oxiurídeos, Enterobius vermicularis,vivem no intestino grosso e no ceco. As fêmeas, até aproximadamente 12 mm de comprimento, migram à noite para a região anal para botar seus ovos. Ao coçar, a irritação resultante contamina efetivamente as mãos e roupas de cama. Os ovos se desenvolvem rapidamente e tornam-se infecciosos em 6 horas na temperatura corpórea. Quando são engolidos, eclodem no duodeno e os vermes amadurecem no intestino grosso.

http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Enterobius%20vermicularis.htm

A diagnose da maioria dos nematoides intestinais é normalmente realizada através do exame de uma pequena quantidade de fezes sob o microscópio, procurando-se os ovos característicos. Porém, frequentemente os ovos de oxiurídeos não são encontrados nas fezes porque a fêmea os deposita na pele ao redor do ânus. O "método da fita adesiva" é mais efetivo. O lado colante da fita adesiva é aplicado ao redor do ânus para coletar os ovos e então a fita é colocada em uma lâmina de vidro e examinada sob microscópio. Várias drogas são efetivas contra este parasita, mas o tratamento deve ocorrer em todos os familiares ao mesmo tempo, uma vez que esses nemátodes se espalham facilmente por uma casa.

VERMES DA FILARIOSE

Pelo menos oito espécies de nemátodes de fïlarioses infectam os seres humanos e algunsdestes são grandes causas de doenças. A Wuchereriabancrofti é a espécie que causa grandes males na humanidade.
Os vermes vivem no sistema linfático e as fêmeas têm comprimento de até 100 mm. Os sintomas da doença estão associados com a inflamação e obstrução do sistema linfático. As fêmeas liberam microfilárias jovens, minúsculas, no sangue e no sistema linfático. Quando se alimentam, os mosquitos ingerem as microfilárias e elas se desenvolvem nos mosquitos até as fases infecciosas. Eles saem do mosquito quando ele estiver novamente se alimentando em um humano e penetram pela ferida causada pela picada do mosquito.



http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=105&sid=2

Manifestações dramáticas de elefantíase são ocasionalmente produzidas depois de exposição longa e repetidas aos vermes como o crescimento excessivo de tecido conjuntivo e um enorme inchaço das partes afetadas como escroto, pernas e braços.

http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/02/05/linfangite-elefantiase/

FILO NEMATOMORPHA

Aproximadamente 250 espécies de Nematomorpha foram descritas. De distribuição mundial, eles são devida livre quando adultos e parasitas de artrópodes quando jovens. Os adultos não se alimentam, mas vivem quase em qualquer lugar molhado a úmido, se o oxigênio for adequado.

http://animaliabg.blogspot.com.br/2010/03/filo-nematomorpha.html

Forma e Função
São extremamente longos, corpo cilíndrico. Seu comprimento varia de 10 a 70 cm, mas seu diâmetro é de apenas 0,3 a 2,5 mm, Sua extremidade anterior é normalmente arredondada e a extremidade posterior é arredondada ou possui dois ou três lóbulos caudais.
A parede de corpo é semelhante àquela dos nemátodes. O sistema digestivo é vestigial. Os sistemas circulatório, respiratório e excretor estão ausentes. Há um anel nervoso ao redor da faringe e um cordão nervoso mediano ventral. Os jovens não emergem de seu hospedeiro artrópode a menos que haja água por perto. Os adultos são frequentemente vistosziguezagueando lentamente próximos a lagoas ou a fluxos d'água, com os machos sendo mais ativos que as fêmeas. As fêmeas depositam seus ovos na água na forma de longos fios. Os jovens eclodem dos ovos e de alguma maneira penetram no artrópode hospedeiro. Depois de vários meses na hemocele do hospedeiro, o verme maduro emerge na água. Curiosamente, se o hospedeiro for um inseto terrestre, o parasita estimula o inseto, através de algum mecanismo ainda desconhecido, a buscar água.


FILO ACONTHOCEPHALA

Os membros do filo Aconthocephala (Gr. Akantha, espinho, + kephate, cabeça) são conhecidos como ‘vermes de cabeça espinhuda’. O filo tem seu nome derivado de uma de suas características mais distintivas, uma probóscide cilíndrica invaginável que possui fileiras de espinhos curvos com os quais o verme se prende ao ingterior do seu hospedeiro. Todos os acontocéfalos são endoparasitas, vivendo quando adulto no intestino de vertebrados.
As fêmeas são normalmente maiores que os machos. O corpo é normalmente achatado bilateralmente, com numerosas rugas transversais. Os vermes são tipicamente de uma cor creme, mas podem ser amarelos ou marrons, como resultado da absorção de pigmentos dos conteúdos intestinais.
Os aconthocéfalos causam danos traumáticos ao penetrarem a parede intestinal do hospedeiro com espinhos. A infecção por esses vermes podem causar grande dor, principalmente se a parede do intestino estiver completamente perfurada.
O filo é cosmopolita e mais de 500 espécie são conhecidas, a maioria parasita peixes, aves e mamíferos, e normalmente não pasitam seres humanos.
As larvas de acantocéfalos se desenvolvem em artrópodes, crustáceos ou insetos dependendo da espécie.

FORMA E FUNÇÃO 

O corpo é um pouco achatado, com parede sincicial e sua superfície é perfurada por criptas minúsculas,as quais aumentam a área de superfície do tegumento.Cerca de 80% da espessura do tegumento é a zona fibrosa radial, que contém um sistema lacunar de canais ramificados preenchidos por fluido. Os músculos da parede do corpo são tubiformes e cheios de fluidos. Não há coração ou outro sistema circulatório, a contração dos músculos é que serve para mover o fluido lacunar pelos canais e músculos.
A Probóscide, a qual possui filas de ganchos curvos, está presa á região do pescoço e pode ser invertida em um receptáculo da probóscide através de músculos retratores. Presos na região do pescoço há dois longos lemniscos que podem servir como reservatório do fluido lacunar da probóscide quando aquele órgão for innvaginado.
Não há sistema respiratório. Quando presente o sistema excretor consiste em um par de protonefridios com células-flama.
O sistema nervoso tem um gânglio central dentro do receptáculo da probóscide e nervos irradiados para a probóscide e nervos irradiados para a probóscide e para o corpo. Há terminações sensoriais na probóscide e na bursa genital.
Os acontocéfalos não tem trato digestivo, absorvendo todos os nutrientes através de seu tegumento.
São dioicos. Um par de ligamentos genitais tubulares, ou sacos do ligamento, estendem-se posteriormente a partir do fim do receptáculo da probóscide.Os machos tem um par de testículos, cada um com um vaso deferente e um tubo ejaculatório comum, o qual termina em um pênis pequeno.
Em fêmeas o tecido ovariano no saco do ligamneto quebra-se em bolas ovarianas que rompem o saco do ligamento e flutuam livremente na pseudocele. Um dos sacos de ligamento conduz a um sino uterino, na forma de funil, que recebe os embriões encapsulados em desenvolvimento e os passa ao útero.
Os embriões encapsulados são liberados nas fezes do hospedeiro vertebrado e não eclodem até que sejam ingeridos por um hospedeiro intermediário. A larva (acântor) perfura o intestino e desenvolve-se em um jovem (cistacântor) na hemocele do inseto.


FILO ENTOPROCTA

Os Entoprocta (Gr. Entos, dentro, + proktos, ânus) são pequenos filos de cerca de 150 espécies de animais minúsculos e sésseis que superficialmente se assemelham aos cnidários hidróides, mas possuem tentáculos ciliados quer tendem a se a cuvar para dentro. A maioria dos entoproctos é microscópio e nenhum ultrapassa 5 mm de comprimento. Todos eles são formas pedunculadas e sésseis, alguns são coloniais e alguns são solitários. Todos comem por cílios.
  Com a exceção do gênero Urnateilla, todos os entoproctos são formas marinhas que têm uma ampla distribuição desde as regiões polares até os trópicos. A maioria das espécies marinhas está restrita ás águas costeiras e salobras, e freqüentemente crescem sobre conchas e algas.

FORMA E FUNÇÃO

  O corpo, ou cálice de um entoprocto tem forma de um cálice, possuindo uma coroa, ou círculo, de tentáculos ciliados, e pode está par preso a um substrato por um pedúnculo único em disco de fixação com glândulas adesivas, como nos solitários Loxosoma e Loxomella.
   Os tentáculos podem enrolar-se para dentro da coroa, cobrindo e protegendo a boca e o ânus, mas não podem ser retraídos para dentro do cálice.
     O movimento é geralmente restrito nos entoproctos, mas Loxosoma, que vive nos tubos de anelídeos marinhos, é bastante ativo, movendo-se livremente sobre o anelídeo e seu tubo.
    O intestino é em forma de U e ciliado, e a boca e o ânus abrem-se dentro do círculo de tentáculos. Os entoproctos comem por filtração ciliar. Os longos cílios nos lados dos tentáculos mantêm em movimento, entre os tentáculos, uma corrente de água que contém protozoários, diatomáceas e partículas de detrito. Os cílios curtos nas superfícies internas dos tentáculos capturam a comida e a dirigem para, baixo na direção da boca.  
      A parede de corpo consiste em uma cutícula, uma epiderme celular e músculos longitudinais. A pseudocele está amplamente preenchida por um parênquima gelatinoso no qual estão embebidos um par de protonefrídios e seus tubos, que se unem e abrem-se próximos da boca. Há um gânglio nervoso bem desenvolvido no lado ventral do estômago e a superfície do corpo possui cerdas e poros sensoriais. Os órgãos circulatórios e respiratórios estão ausentes. A troca de gases ocorre na superfície do corpo.
   Algumas espécies são monóicas, algumas dióicas e algumas parecem ser protândricas, quer dizer, a gônada primeiramente produz espermatozóides e posteriormente produz óvulos. Os gonodutos abrem-se dentro do círculo de tenúculos.
     Os ovos desenvolvem-se em uma depressão, ou bolsa incubadora, entre o gonóporo e o ânus. Os entoproctos têm um padrão de clivagem espiral modificada com os blastômeros em mosaico. O embrião tem gastrulação por invaginação. A larva, assemelhada a uma trocófora, é ciliada e livre. Ela tem um tufo apical de cílios na extremidade anterior e uma cintura ciliada ao redor da margem ventral do corpo, A larva acaba assentando- se no substrato e invertendo-se para formar o adulto.
 




Referência:

Hickman Jr., Cleveland P.; Roberts, Larry S.; Larson, Allan

               Princípios Integrados de Zoologia - 11ª Ed 2004


         Editora Guanabara KooganRio de Janeiro

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