Animais Pseudocelomados
Os vertebrados e invertebrados mais complexos têm um celoma verdadeiro, ou uma cavidade peritoneal, que é formado no mesoderma durante o desenvolvimento embrionário e é, portanto, revestido por uma camada de epitélio mesodérmico, o peritônio. Os filos de pseudocelomados têm uma pseudocele ao invés de um celoma verdadeiro. A pseudocele é derivada da blastocele embrionária ao invés de ser uma cavidade secundária dentro do mesoderma. Ela consiste em um espaço entre o intestino e os componentes mesodérmicos e ectodérmicos da parede do corpo e não é revestida por peritônio.
Nove
grupos distintos de animais pertencem à categoria de pseudocelomados: Rotifera,
Gastrotricha, Kinorhyncha, Nematoda, Nematomorpha, Loricifera, Priapulida,
Acanthocephala e Entoprocta. Jáque os cinco primeiro grupos têm certas
semelhanças, eles foram antigamente considerados como classes em um filo
chamado Aschelminthes (Gr. Askos,
bexiga, + helmins, verme). Porém,
eles diferem tanto que suas relações filogenéticas são altamente discutíveis, e
são agora considerados como filos separados. Alguns agrupam os cinco como filos
individuais em um superfilo Aschelminthes. Os Entoprocta foram às vezes
agrupados com os Ectoprota e, conjuntamente, denominados Bryozoa
(animais-musgos). Porém, devido aos ectoproctos terem um celoma verdadeiro,
eles são normalmente considerados coo um filo separado, e o termo “briozoários”
é atualmente considerado como excluindo os entoproctos.
De
qualquer maneira que sejam classificados, os pseudocelomados constituem um
grupo heterogêneo de animais. A maioria deles é pequena; alguns são
microscópicos; alguns são bastante grandes. Alguns, tais como os nemátodes, são
encntrados em hábitats de água doce, marinhos, terrestres e parasitários;
outros, tais como Acanthocephala, são estritamente parasitas. Alguns têm
características únicas, como o sistema lacunar de acantocéfalos ou a coroa
ciliada de rotíferos.
Até
mesmo em um grupamento tão diversificado algumas características são compartilhadas.
Todos têm uma parede de corpo de epiderme (frequentemente sincicial), uma derme
e músculos que envolvem a pseudocele. O trato digestivo é completo (exceto em
Acanthocephala) e, juntamente com as gônadas e órgãos de excreção, está dentro
da pseudocele e envolvido por fluido perivisceral. A epiderme de muitos secreta
uma cutícula de material não-vivo com algumas especializações, tais como cerdas
ou espinhos.
Um
número constante de células ou núcleos em indivíduos de uma espécie, ou em
partes dos corpos destes, é conhecido como eutelia,
que é comum a vários dos grupos.
Características
dos filos pseudocelomados
1.
Simetria bilateral;
não-segmentado; triblástico (três folhetos germinativos)
2.
Pseudocele
como
cavidade corpórea
3.
Maioria de tamanho pequeno;
alguns microscópicos; uns poucos com um metro ou mais de comprimento
4.
Corpo vermiforme; parede do corpo
é uma epiderme celular ou sincicial com
uma cutícula espessada, algumas vezes com mudas; maioria das camadas
musculares composta de fibras
longitudinais; cílios ausentes em vários filos
5.
Sistema digestivo (ausente em
acantocéfalos) completo com boca, intestino e ânus ; faringe muscular e bem
desenvolvida: arranjo de “tubo dentro
de tubo”; trato digestivo geralmente com u tubo epitelial sem camada muscular definida
6.
Ausência de órgãos circulatórios
e respiratórios
7.
Sistema excretor de canais e
protonefrídios em alguns; podem estar presentes cloacas que recebem os
produtos da excreção, digestão e reprodução
8.
Sistema nervoso de gânglios
cerebrais ou um anel nervoso circum-entérico conectado aos nervos anterior e
posterior; órgãos do sentidos são poros ciliados, papilas, cerdas e alguns
ocelos
9.
Sistema reprodutor com gônadas e
dutos que podem ser simples ou duplos; quase sempre com sexos separados, com
os machos frequentemente menores que as fêmeas; ovos microscópicos com casca
que frequentemente contêm quitina
10.
Desenvolvimento pode ser direto
ou com um complicado ciclo de vida; clivagem geralmente em mosaico; constância no número de células ou
núcleos é comum
|
Filo Rotifera
Os
Rotifera (L. rota, roda, + fera, aqueles que possuem) têm seu nome
derivado da coroa ciliada
característica que, ao bater, frequentemente dá a impressão de rodas girando.
Os rotíferos variam de 40 micrômetros a 3 mm de comprimento, mas a maioria mede
entre 100 e 500 micrômetros. Alguns têm cores lindas, embora a maioria seja
transparente, e alguns têm formas bizarras (Figura 2). Suas formas são
frequentemente correlacionadas com seu modo de vida. Os flutuadores são
normalmente globulares e saculiformes; os rastejadores e nadadores são algo
alongados e vermiformes; e os tipos sésseis geralmente são vasiformes, com uma
epiderme exterior espessada (lórica). Alguns são coloniais. Um dos gêneros mais
bem conhecidos é philodina (Gr. Philos, amigos de, + dinos, girando), que é frequentemente
usada para estudo.
Os
rotíferos são um grupo cosmopolita de cerca de 1.800 espécies, algumas das
quais são encontradas em todo o mundo. A maioria da espécies é habitante de
água doce, algumas são marinhas, algumas são terrestres e algumas são epizóicas
(vivem cobre o corpo de outro animal) ou parasitas.
Os
Rotifera são adaptados a muitos tipos de condições ecológicas. A maioria das
espécies é bentônica, vivendo no fundo ou na vegetação de lagoas ou ao longo
das costas de lagos de água doce onde eles nadam ou rastejam sobre a vegetação.
Uma grande proporção das espécies que vivem no filme de água doce de areia das
praias (meiofauna) é de rotíferos. As formas pelágicas são comuns em águas de
superfície de lagos e lagoas de água doce e podem exibir ciclomorfose,
variações na forma do corpo que são resultados das mudanças sazonais ou nutricionais.
Muitas
espécies de rotíferos podem suportar longos períodos de dessecação durante os
quais se assemelham aos grãos de areia. Enquanto estiverem em condição de
dessecação, os rotíferos são muito tolerantes às variações de temperatura,
especialmente aqueles que vivem em musgos. O encistamento verdadeiro acontece
apenas em alguns rotíferos. Na adição de água, os rotíferos dessecados retomam
suas atividades.
As
espécies estritamente marinhas são poucas em número. Algumas espécies marinhas
litorâneas (entremarés) podem ser espécies e água doce que estão aptas a se
adaptar à água do mar.
Forma
e Função
Características
Externas
O
corpo de um rotífero é composto de uma cabeça onde há uma coroa ciliada, um
tronco e uma calda posterior, ou pé. Esse corpo é coberto por uma cutícula e é,
com exceção da coroa, aciliado.
A
coroa ciliada envolve uma área central aciliada na cabeça, a qual pode conter
cerdas ou papilas sensoriais. A aparência da extremidade cefálica depende de
qual dos vários tipos de coroa o indivíduo possui- normalmente um círculo de
algum tipo, ou um par de discos trocais ou coronais (o termo trocal vem de uma
palavra grega que significa roda). Os cílios na coroa batem em sucessão, dando
a aparência de uma roda girando ou de um par de rodas. A boca fica situada na
coroa no lado mediano-ventral. Os cílios coronais são usados tanto na locomoção
como na alimentação.
O
tronco pode alongar-se, como em philodina,
ou ser saculiforme. Ele contém os órgãos viscerais e frequentemente possui
antenas sensoriais. A parede do corpo de muitas espécies é superficialmente
anelada, simulando uma segmentação.
O
pé é um órgão de adesão e contém glândulas pedais que secretam um material
adesivo usado por formas sésseis e rastejantes. Em formas natantes pelágicas, o
pé está frequentemente reduzido. Os rotíferos se movem rastejando com
movimentos de mede-palmos ajudados pelo pé, ou nadando com os cílios coronais,
ou ambos.
Características
Internas
Abaixo
da cutícula há uma epiderme sincicial, que secreta a cutícula, e
faixas de músculos subepidérmicos, alguns circulares,
alguns longitudinais e alguns atravessando a pseudocele em direção a órgãos
viscerais. A pseudocele é ampla, ocupando o espaço entre a parede de corpo e as
vísceras. Ela é preenchida por fluido, algumas das faixas musculares e uma rede
de células mesenquimáticas ameboides.
O
sistema digestivo é completo. Alguns rotíferos se alimentam através da passagem
de diminutas partículas orgânicas ou algas para a boca pelo batimento dos
cílios coronais. Os cílios podem selecionar as partículas maiores que sejam
inadequadas. A faringe (mástax) é
provida com uma porção muscular que é equipada com mandíbulas duras (trofos) para sucção e trituração de
partículas alimentares. A faringe, que está constantemente mastigando, é
frequentemente uma característica distintiva destes minúsculos animais. As
espécies carnívoras se alimentam de protozoários e metazoários pequenos que
elas capturam apanhando-os por meio de armadilhas. Os rotíferos que usam
armadilhas têm uma área em forma de funil ao redor da boca. Quando a pequena
presa nada para dentro do funil, os lobos se dobram para capturá-la e a seguram
até que ela seja passada à boca e à faringe. Os rotíferos caçadores têm os
trofos que podem ser projetados e utilizados como pinças para agarrar a presa,
trazê-la à faringe e então perfurá-la ou quebrá-la de tal forma que as partes
comestíveis possam ser sugadas e o resto descartado. Acredita-se que as glândulas salivares e gástricas
secretam enzimas para digestão extracelular. A absorção ocorre no estômago.
O sistema excretor tipicamente consiste em um
par de túbulos protonefridiais, cada um com várias células-flama que se ligam a uma bexiga comum. A bexiga, por
pulsação, se esvazia em uma cloaca- na qual o intestino e os ovidutos também se
abrem. A pulsação bastante rápida dos protonefrídios – uma a quatro vezes por
minuto- indica que os protonefrídios são importantes órgãos de osmorregulção. A
água aparentemente entra pela boca e não pela epiderme; mesmo espécies marinhas
esvaziam suas bexigas em intervalos frequentes.
O
sistema nervoso consiste em um cérebro
bilobado, dorsal ao mástax, que envia nervos pares aos órgãos dos sentidos,
mástax, músculos e vísceras. Os órgãos sensoriais incluem ocelos pareados (em algumas espécies com philodina), cerdas e papilas sensoriais, poros ciliados e uma
antena dorsal.
Reprodução
Os
rotíferos são dioicos, sendo os machos normalmente menores que as fêmeas. Na
classe Bdelloidea, os machos são completamente desconhecidos, e em Monogononta
eles parecem ocorrer durante algumas poucas semanas do ano.
O
sistema reprodutor feminino dos Bdelloidea e Monogononta consiste em ovários
combinados a glândulas vitelinas (germovitelário)
e em ovidutos que se abrem na cloaca. O vitelo é provido aos óvulos em
desenvolvimento via pontes citoplasmáticas de fluxo ao invés de células
vitelinas separadas, como nos Platyhelminthes de ovos ectolécitos.
Em Bdelloidea (philodina, por exemplo), todas as fêmeas são partenogenéticas e
produzem ovos diploides que eclodem fêmeas diploides. Estas fêmeas alcançam a
maturidade em poucos dias. Na classe Seisonidea, as fêmeas produzem ovos
haploides, que devem ser fertilizados e que podem desenvolver-se em machos ou
fêmeas. Em Monogononta, porém, as fêmeas produzem dois tipos de ovos. Durante a
maior parte do ano, as fêmeas diploides produzem ovos diploides amícticos de casca fina. Estes ovos
desenvolvem-se partenogeneticamente em fêmeas diploides amícticas. Porém, estes
rotíferos frequentemente vivem em lagoas temporárias ou fluxos de água e são
cíclicos em seus padrões reprodutivos. Qualquer um dos vários fatores
ambientais- por exemplo, adensamento da população, dieta ou fotoperíodo (de
acordo com a espécie)- pode induzir ovos amícticos para desenvolverem-se em
fêmeas diploides mícticas que produzirão ovos
haploides mícticos de casca fina. Se estes ovos não forem fertilizados, eles
se desenvolverão em machos haploides. Mas se os ovos forem fertilizados, os
ovos desenvolvem uma casca grossa e resistente e se tornam dormentes. Eles
sobrevivem durante todo o inverno (“ovo de inverno”) ou até que as condições
ambientais sejam novamente satisfatórias, quando eclodirão fêmeas diploides. Os
ovos de dormência são frequentemente dispersos pelo vento ou por aves que podem
responder pelos padrões peculiares de distribuição dos rotíferos.
O
sistema reprodutor masculino inclui um único testículo e um duto espermático
ciliado que se dirige a um poro genital (machos geralmente não possuem uma
cloaca). O fim do duto espermático é especializado na forma de órgão copulador.
A cópula normalmente ocorre por impregnação hipodérmica; o pênis pode penetrar
qualquer parte da parede do corpo feminino e pode injetar o esperma diretamente
na pseudocele.
As
fêmeas eclodem de seus ovos com características de adultos, apenas necessitando
alguns poucos dias de crescimento para atingir a maturidade. Os machos
frequentemente não crescem e são sexualmente maduros já na eclosão.
Constância
Nuclear
A
maioria das estruturas em rotíferos é sincicial, mas os núcleos de vários
órgãos são conhecidos por apresentar uma constância notável em seu número em
uma determinada espécie (eutelia). Por exemplo, E. Martini (1912) relatou que
em uma espécie de rotífero ele sempre encontrou 183 núcleos no cérebro, 39 no
estômago, 172 no epitélio da coroa e assim por diante. Os organismos com
eutelia demonstram um controle genético altamente preciso da divisão e
diferenciação nucleares. Os núcleos são programados para diferenciarem-se e
dividirem-se um número exato de vezes, interrompendo o processo quando o
referido número é atingido.
Filo
Gastrotricha
Os
Gastrotricha (N. L. do Gr., gaster, gastros, estômago ou barriga, = thrix, trichos, pelo) incluem animais pequenos, de aproximadamente 65 a
500 micrômetros de comprimento, achatados ventralmente, um pouco parecidos com
os rotíferos mas faltando uma coroa e um mástax, e possuindo
caracteristicamente um corpo cerdoso ou escamoso. Eles são normalmente
encontrados deslizando, por meio de seus cílios ventrais, sobre o fundo ou
sobre uma planta aquática ou sobre um substrato animal, ou compõem parte da
meiofauna em espaços intersticiais entre as partículas do substrato.
Os
gastrótricos são encontrados em água doce e salgada. As cerca de 400 espécies
estão mais ou menos igualmente divididas entre os dois meios. Muitas espécies
são cosmopolitas, mas só algumas ocorrem tanto em água doce quanto no mar. Muito
ainda há que se aprender sobre sua distribuição.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-asquelminto/filo-asquelminto-4.php
http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br/2010/04/descobertos-animais-marinhos-que-vivem.html
http://elmundodelabiologa.blogspot.com.br/2009/09/caracteristicas-principales-del-phylum.html
http://dc384.4shared.com/doc/Erq8Fyp1/preview.html
http://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/&usg
Uma fêmea de Ascaris pode botar l00.000 ovos por dia sendo transmitidos através das fezes do hospedeiro. Luz solar direta e temperaturas altas são rapidamente letais, mas os ovos têm uma tolerância surpreendente a outras condições adversas, tais como a dessecação ou a falta de oxigênio.
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ascaris%20lumbricoides.htm
A espécie mais comum
é Necator americanos.Os machos podem
alcançar 9 mm de comprimento e as fêmeas
até 11 mm. Grandes placas em suas bocas cortam a mucosa intestinal do
hospedeiro, onde eles sugam sangue e o bombeiam através de seu intestino,
digerindo-o parcialmente e absorvendo os nutrientes.
http:// www. bio390parasitology.blogspot.com
http://www.infoescola.com/doencas/triquinose/
http://animaliabg.blogspot.com.br/2010/03/filo-nematomorpha.html
Referência:
Hickman Jr., Cleveland P.; Roberts, Larry S.; Larson, Allan
Princípios Integrados de Zoologia - 11ª Ed 2004
Editora Guanabara KooganRio de Janeiro
Forma e função
Um
gastrótrico é geralmente alongado, com uma superfície dorsal convexa possuindo
um padrão de cerdas, espinhos ou escamas, e uma superfície ventral ciliada
aplainada. As células na superfície ventral podem sem monociliadas ou
multiciliadas. A cabeça é frequentemente lobulada e ciliada, e a extremidade
caudal pode ser aforquilhada.
Uma
epiderme sincicial é encontrada abaixo da cutícula. Os músculos longitudinais
são mais desenvolvidos que os circulares e, na maioria dos casos, não são
estriados. Tubos adesivos secretam uma substância para aderência. Um sistema
duoglandular para aderência e liberação está presente. A pseudocele é um pouco
reduzida e não contém amebócitos.
O
sistema digestivo é completo, sendo composto por uma boca, uma faringe
muscular, um estômago-intestino e um ânus. O alimento é composto em grande
parte por algas, protozoários e detritos, os quais são dirigidos à boca pelos
cílios da cabeça. A digestão parece ser extracelular. Os protonefrídios são
equipados com solenócitos em vez de
células-flama. Os solenócitos possuem um único flagelo envolvido por um
cilindro de bastões citoplasmáticos.
O
sistema nervoso inclui um cérebro próximo à faringe e um par de troncos
nervosos laterais. As estruturas sensoriais são semelhantes àquelas dos
rotíferos, exceto que ocelos estão geralmente ausentes. As cerdas sensoriais,
frequentemente concentradas na cabeça, são modificações a partir dos cílios.
Os
gastrótricos são hermafroditas, embora o sistema masculino de alguns seja tão
rudimentar que eles sejam, funcionalmente, fêmeas partenogenéticas. Como os
rotíferos, alguns gastrótricos produzem ovos de desenvolvimento rápido com
cascas finas e ovos dormentes de cascas grossas. Os ovos de casca grossa podem
resistir a condições ambientais severas e podem sobreviver em dormência durante
alguns anos. O desenvolvimento é direto e os jovens têm a mesma forma dos
adultos.
Filo Kinorhyncha
Os
Kinorhyncha (Gr. Kinein, mover, + rhynchos, bico) são vermes marinhos um
pouco maiores que rotíferos e gastrótricos, mas geralmente com não mais de 1 mm
de comprimento. O filo foi também chamado Echinodera, o que significa “pescoço
com espinhos”. Foram descritas aproximadamente 75 espécies.
Os
Kinorhyncha são cosmopolitas, vivendo de pólo a pólo, das áreas entremarés até
6.000 m de profundidade. A maioria vive em lama ou lama-arenosa, mas alguns têm
sido encontrados em talos de algas, esponjas ou outros invertebrados. Eles se
alimentam principalmente de diatomáceas. Cerca de 100 espécies já foram
registradas. Entre os gêneros mais bem conhecidos de Kinorhyncha estão Echinodera, Pycnophyes e Kinorhynchus.
Forma e função
O
corpo dos Kinorhyncha é dividido em 13 segmentos que possuem espinhos, mas não
apresentam nenhum cílio. A cabeça retrátil tem uma fileira de espinhos com uma
pequena probóscide retrátil. O corpo é ventralmente plano e dorsalmente curvo.
A parede do corpo é composta por uma cutícula, uma epiderme sincicial e cordões
epidérmicos longitudinais, bastante parecidos com os dos nemátodes. O arranjo
dos músculos está correlacionado com os segmentos, e faixas musculares
circulares, longitudinais e diagonais estão representadas.
Um
Kinorhyncha não pode nadar. No lodo e na lama onde geralmente vivem, eles
escavam através da extensão da cabeça na lama e ancorando-se com os espinhos. A
seguir o animal puxa seu corpo no sentido do movimento até que sua cabeça seja
retraída em seu corpo. Quando perturbado um Kinorhyncha recolhe sua cabeça e a
protege com um aparato de fechamento formado por placas cuticulares.
O
sistema digestivo é completo, com uma boca na ponta de uma probóscide, uma
faringe, um esôfago, um estômago-intestino e um ânus. Os Kinorhyncha se
alimentam de diatomáceas ou de material orgânico na lama onde eles escavam.
A
pseudocele é preenchida com amebócitos que contém fluido. O sistema excretor é
constituído por um protonefrídio multinucleado na forma de um solenócito e cada
lado dos segmentos de números dez e onze. Cada solenócito tem um flagelo longo
e um flagelo curto.
O
sistema nervoso está em contato com a epiderme, com um cérebro multilobulado
que envolve a faringe e um cordão nervoso ganglionar ventral que se estende ao
longo do corpo. Os órgãos dos sentidos estão representados por ocelos em
algumas espécies e pelas cerdas sensoriais.
Os
sexos são separados, com gônadas e gonodutos pares. Há uma série de cerca de
seis fases juvenis e uma fase definitiva de adulto que não sofre mais mudas.
Filo Loricifera
Os
Loricifera (L. lorica, espartilho, +
Gr. Phora, portador de) constituem um
filo de animais recentemente descrito (1983). Os animais minúsculos (0,25 mm de
comprimento) vivem em espaços entre os grãos do sedimento marinho, aos quais
eles se agarram firmemente. Embora tivessem sido descritos a partir de
espécimes coletados ao largo da costa da França, eles aparentemente têm ampla
distribuição no mundo.
http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br/2010/04/descobertos-animais-marinhos-que-vivem.html
Forma e função
Os Loricifera
têm estilos orais e escálides bastante semelhantes àquelas dos Kinorhyncha, e
toda a região anterior pode ser retraída para dentro da lórica circular. A natureza
de sua dieta é desconhecida. Seu cérebro preenche a maior parte da cabeça e as
escálides são inervadas através de nervos que partem do cérebro e de outros
gânglios. Os sexos são separados, mas os detalhes da reprodução não são
conhecidos. Os jovens se assemelham aos adultos em diversos aspectos, mas
possuem um par de artelhos achatados que se acredita funcionarem na locomoção.
Filo Priapulida
Os
Priapulida (Gr. Priapos, falo, + ida, sufixo plural) são um grupo pequeno
(apenas 18 espécies) de vermes marinhos encontrados principalmente em águas
mais frias de ambos os hemisférios. Eles foram registrados ao longo da costa
Atlântica da América do Norte, desde o Massachusettes até a Groenlândia, e ao
longo da costa Pacífica desde a Califórnia até o Alasca. Eles vivem na lama e
areia do substrato marinho e ocupam desde a zona entremarés até profundidades
de vários milhares de metros. Tubiluchus
(L. tubulus, dim. de tubus, tubo) é um minúsculo comedor de
detritos adaptado à vida intersticial em sedimentos coralíneos de águas mais
quentes. Maccabeus (nome de um
patriota da Judéia que morreu em 160 A.C.) é um pequeno animal tubícola
descoberto em fundos barrentos mediterrâneos.
Forma e função
Os
priápulos têm corpos cilíndricos, normalmente menores que 12 a 15 cm de
comprimento, mas Halicryptusbigginsi
tem até 39 cm de comprimento. A maioria deles é predadora e escavadora e
normalmente se orientam verticalmente no substrato com a boca junto à
superfície. Eles são adaptados para escavação através de contrações do corpo.
O
corpo inclui uma probóscide, tronco e, normalmente, um ou dois apêndices
caudais. Sua probóscideeversível é ornamentada com papilas e extremidades com
fileiras de espinhos curvos que cercam a boca. A probóscide é usada para
explorar o ambiente bem como para capturar presas pequenas de corpos não
endurecidos. Maccabeus tem uma coroa de tentáculos braquiais a o redor de sua
boca.
O
tronco não é metamerizado, mas é dividido superficialmente em 30 a 100 anéis e
está coberto por tubérculos e espinhos. Os tubérculos são provavelmente de
função sensorial. O ânus e os poros urogenitais ficam situados na extremidade
posterior do tronco. Os apêndices caudais são processos ocos os quais crê-se
serem de função respiratória e provavelmente quimiorreceptora. Uma cutícula
quitinosa, mudada periodicamente ao longo da vida, cobre o corpo do animal.
O
sistema digestivo contém uma faringe muscular, um intestino retilíneo e um
reto. Há um anel nervoso ao redor da faringe e um cordão nervoso ventral
mediano. A cavidade do corpo possui amebócitos e, pelo menos em Priapuluscaudatus, corpúsculos que
contêm um pigmento respiratório chamado hemeritrina.
Os
sexos são separados. Cada um dos órgãos urogenitais pares é composto por uma
gônada e grupos de solenócitos, ambos conectados a um túbulo protonefridial que
leva os gametas e produtos da excreção ao exterior. A embriologia é pouco
conhecida. Em alguns priápulos o óvulo passa por uma clivagem radial e
desenvolve-se em uma estereogástrula. As larvas de Priapulos escavam na lama e tornam-se comedoras de detritos.
Considerados
como pseudocelomados por um longo tempo, os priápulos foram erroneamente
classificados como celomados quando se encontraram núcleos em membranas que
revestem a cavidade de corpo; essas membranas foram então interpretadas como
peritônio. Porém, a microscopia eletrônica mostrou que núcleos de suas células
musculares eram periféricos e os músculos secretavam uma membrana extracelular.
Os núcleos dos músculos e a membrana extracelular deram a falsa aparência de um
revestimento epitelial.
Filo
Nematoda: Nemátodes
Aproximadamente 12.000 espécies de
Nematoda (Gr. Nematos, flamento)
foram nomeadas até o momento, mas foi calculado que, se todas as espécies
fossem conhecidas, esse número seria próximo de 500.000. Eles vivem no mar, na
água doce e no solo, desde as regiões polares até os trópicos, e desde picos de
montanhas até as profundezas do mar. Um bom solo pode conter bilhões de
nemátodes por acre. Os nemátodes também parasitam virtualmente todos os tipos
de animais e muitos dos tipos de plantas. Os efeitos de infestação por nemátode
em colheitas, animais domésticos e humanos fazem deste filo um dos mais
importantes grupos dentre todos os animais parasitas.
Os nemátodes de vida livre alimentam-se
de bactérias, fungos e suas hifas, e algas. Eles podem ser saprófagos ou
coprófagos (que vivem em matéria fecal). As espécies predadoras podem
alimentar-se de rotíferos, tardígrados, anelídeos pequenos e outro nemátodes.
Muitas espécies se alimentam de seivas de plantas superiores, as quais eles
penetram, algumas vezes causando danos agrícolas de grandes proporções. Os
nemátodes podem ser presas de ácaros, larvas de insetos e até mesmo fungos que
os capturam. Caenorhabditiselegans,
um nematóde de vida livre, é fácil de se cultivar em laboratório e tornou-se um
modelo inestimável para estudos básicos de biologia do desenvolvimento.
Virtualmente todas as espécies de
vertebrados e muitas das de invertebrados servem como hospedeiros para um ou
mais tipos de nemátodes parasitas. Os parasitas nemátodes de humanos causam
muito desconforto, doenças e morte, e em animais domésticos eles são uma fonte
de grande perda econômica.
Forma e Função
As
características distintivas deste grande grupo de animais são sua forma
cilíndrica; sua cutícula flexível não-viva; sua falta de cílios móveis ou
flagelos (exceto em uma espécie); os músculos de sua parede corpórea, os quais
têm várias características incomuns, tais como seu desenvolvimento exclusivo na
direção longitudinal, e a eutelia. Correlacionado a sua ausência de cílios, os
nemátodes não possuem protonefrídios; seu sistema excretor consiste em uma ou
mais células glandulares maiores que se abrem por um poro excretor, ou um
sistema de canais sem células e canais juntos. A faringe dos nemátodes é
caracteristicamente muscular com uma luz trirradial e assemelha-se à faringe de
Gastrotricha e Kinorhyncha. O uso da pseudocele como um órgão hidrostático é
altamente desenvolvido em nemátodes e muito da morfologia funcional deles pode
ser melhor entendida no contexto de alta pressão
hidrostática (turgidez) na pseudocele.
A
maioria dos nemátodes possui menos de 5 cm de comprimento e muitos são
microscópicos, mas alguns nemátodes parasitas possuem mais de 1 m de
comprimento.
A
superfície externa do corpo é relativamente espessa, com uma cutícula acelular secretada pela
epiderme subjacente (hipoderme).A
hipoderme é sincicial e seus núcleos ficam situados em quatro cordões hipodérmicos que se projetam
internamente. Os cordões hipodérmicos dorsal e ventral possuem os nervos longitudinais
dorsal e ventral e os cordões laterais possuem os canais excretores. A cutícula
é de grande importância funcional para o nemátode, servindo para conter a alta
pressão hidrostática gerada pelo fluido da pseudocele. As várias camadas da
cutícula são principalmente de colágeno,
uma proteína estrutural também abundante no tecido conjuntivo dos vertebrados.
Três das camadas são compostas de fibras trançadas, as quais conferem um pouco
de elasticidade longitudinal ao verme mais limitam severamente sua capacidade
de expansão lateral.
Os
músculos da parede de corpo de nemátodes são muito incomuns. Eles se encontram
abaixo da hipoderme e contraem-se apenas longitudinalmente. Não há nenhum
músculo circular na parede do corpo. Os músculos são organizados em quatro
bandas, ou quadrantes, marcados pelos quatro cordões hipodérmicos. Cada célula
muscular tem uma porção fibrilar
contrátil (ou fuso) e uma porção
não-contrátil de sarcoplasma (corpo
celular). O fuso é distal e limita a hipoderme, e o corpo celular se projeta na
pseudocele. O fuso é estriado com faixas de actina e miosina, reminiscentes do
músculo esquelético dos vertebrados. Os corpos celulares contêm os núcleos e
são um depósito principal para armazenamento de glicogênio no verme. Um
processo ou braço muscular
estende-se de cada corpo celular para o nervo ventral ou para o nervo dorsal.
Embora não seja único dos nemátodes, este arranjo é muito curioso; na maioria
dos animais os processos nervosos estendem-se para o músculo em vez do
contrário.
A
pseudocele preenchida por fluido, na qual se encontram os órgãos internos,
constitui um esqueleto hidrostático. Os esqueletos hidrostáticos, encontrados
em muitos invertebrados, dão sustentação através da transmissão da força de
contração muscular para o seu conteúdo, um fluido incompressível. Normalmente
os músculos são organizados antagonicamente, de tal forma que o movimento é
efetuado em uma direção pela contração de um grupo de músculos, e o movimento
na direção oposta é efetuado pelo conjunto antagônico de músculos. Porém, os
nemátodes não têm músculos circulares na parede do corpo para se antagonizarem
aos músculos longitudinais; então a cutícula tem de suprir esta função. Quando
os músculos em um lado do corpo se contraem, eles comprimem a cutícula naquele
lado, e a força da contração é transmitida (pelo fluido da pseudocele) para o
outro lado do nemátode, estirando a cutícula naquele lado. Esta compressão e
estiramento da cutícula servem como antagonistas para o músculo e são as forças
que retornam o corpo para a posição de descanso quando os músculos relaxam;
esta ação produz a conformação serpenteante característica vista no movimento
de um nemátode. Um aumento em eficiência deste sistema só pode ser alcançado
por um aumento na pressão hidrostática. Por conseguinte, a pressão hidrostática
na pseudocele de um nemátode é muito mais alta que aquela normalmente
encontrada em outros tipos de animais que têm esqueletos hidrostáticos, mas
quem também possuem grupos de músculos antagônicos.
O
tubo digestivo dos nemátodes consiste em uma boca, uma faringe muscular, um
longo intestino não-muscular, um reto curto e um ânus terminal. O alimento é
sugado para a faringe quando os músculos em sua porção anterior contraem-se
rapidamente e abrem seu lúmen. O relaxamento dos músculos anteriores à massa
alimentar fecha o lúmen da faringe, forçando o alimento em direção posterior
para o intestino. O intestino é da espessura de uma camada celular. A matéria
alimentícia move-se posteriormente através de movimentos corpóreos e devido ao
alimento adicional que é passado ao intestino a partir da faringe. A defecação
é realizada por músculos que simplesmente mantêm o ânus aberto, e sua força de
expulsão é fornecida pela alta pressão pseudocelomática que envolve o
intestino.
Os
adultos de muitos nemátodes parasitas têm um metabolismo energético anaeróbico;
assim, o ciclo de Krebs e o sistema de citocromos característicos de um sistema
metabólico aeróbico estão ausentes. Eles derivam energia por glicólise e
provavelmente através de algumas sequências de transporte de elétrons
incompletamente conhecidas. De maneira interessante, alguns nemátodes de vida
livre e estágios de vida livre de nemátodes parasitas são obrigatoriamente
aeróbicos e têm um ciclo de Krebs e sistema de citocromos.
Um
anel de tecido nervoso e gânglios ao
redor da faringe dá origem a pequenos nervos dirigindo-se para extremidade
anterior e a dois cordões nervosos,
um dorsal e um ventral. As papilas
sensoriais estão concentradas ao redor da cabeça e da cauda. Os anfídeossão um par de órgãos sensoriais
algo complexos que se abrem em cada lateral da cabeça no mesmo nível do círculo
cefálico de papilas. A abertura anfidial leva a um poro cuticular profundo com
terminações sensoriais de cílios modificados. Os anfídeos são geralmente
reduzidos em nemátodes parasitas de animais, mas a maioria dos nemátodes
parasitas possui um par de fasmídeos
bilaterais próximos á extremidade posterior. Estes são estruturalmente bastante
semelhantes aos anfídeos.
A
maioria do nemátodes é dióica. Os machos são menores que as fêmeas e suas
extremidades posteriores geralmente possuem um par de espículas copulatórias. A fertilização é interna e os ovos são
normalmente armazenados no útero até sua postura. Depois da embriogênese o
verme juvenil eclode. As quatro fases juvenis estão separadas umas das outras
por mudas ou perdas da cutícula. Muitos nemátodes parasitas têm fases juvenis
de vida livre. Outros necessitam de um hospedeiro intermediário para completar
seus ciclos de vida.
ALGUNS
NEMÁTODES PARASITAS
Quase todos os vertebrados e muitos invertebrados
são parasitados por nemátodes. Vários destes são patógenos muito importantes de
humanos e animais domésticos,normalmente abundam em países tropicais.
ASCARIS LUMBRICOIDES
Devido ao tamanho e abundância da Ascaris é normalmente selecionado como
um tipopara o estudo da zoologia bem como paratrabalhos experimentais. Este gênero inclui várias espécies.Ascaris lumbricoidesé um dos parasitas
mais comuns encontradas em seres humanos.
http://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/&usg
Uma fêmea de Ascaris pode botar l00.000 ovos por dia sendo transmitidos através das fezes do hospedeiro. Luz solar direta e temperaturas altas são rapidamente letais, mas os ovos têm uma tolerância surpreendente a outras condições adversas, tais como a dessecação ou a falta de oxigênio.
A infecção normalmenteacontece quando
são ingeridos ovoscom vegetais crus ou quando as crianças põem seus dedos ou
brinquedos sujos de terra em suas bocas. Quando um hospedeiro engole
ovosembrionados, os jovens minúsculos eclodem, perfuram a parede intestinal atingindo
veias ou vasos linfáticose são levados através do coração para os pulmões.
Nesta fasepodem causar uma pneumoniaséria. Ao alcançar a faringe, os jovens são
engolidos, passam pelo estômagoe finalmente amadurecem. No intestino causam
sintomas abdominais e reações alérgicas e, em grandes números,podem causar
bloqueio ou perfuração intestinal. Podem emergir ocasionalmente doânus ou garganta
ou podem entrar natraqueia ou nos túbulos de Eustáquio e noouvido médio.
Vermes
da Ancilostomíase
http:// www. bio390parasitology.blogspot.com
Os ovos são transmitidos nas fezes e os
jovens eclodem no solo, onde vivem sobrebactérias. Quando a pele humana entra
em contato com o solo infectado, os jovens infestantes perfuram a pele até atingir
o sangue, alcançam os pulmões e, finalmente, o intestino, de uma maneira
semelhante àquela descrita para Ascarís.
VERME
TRIQUINA
Trichinellaspiralisum
minúsculo verme é responsável por uma doença potencialmente letal chamada
triquinose. Os vermes adultos perfuram a mucosa do intestino delgado onde as
fêmeas produzem jovens viventes. Os jovens penetram os vasos sanguíneos e são
levados ao longo do corpo, onde podem ser encontrados em quase qualquer tecido
ou espaço corpóreo. Os jovens causam um surpreendente redirecionamento da
expressão gênica na célula de seu hospedeiro, que perde seus estriamentos e se
torna uma célula de nutrição do verme.
Tricbinella
spp.
pode infectar uma grande variedade de mamíferos além dos seres humanos,
inclusive porcos, ratos, gatos e cachorros.
OXIURÍDEOS
Os parasitas de adulto Oxiurídeos, Enterobius vermicularis,vivem no
intestino grosso e no ceco. As fêmeas, até aproximadamente 12 mm de
comprimento, migram à noite para a região anal para botar seus ovos. Ao coçar,
a irritação resultante contamina efetivamente as mãos e roupas de cama. Os ovos
se desenvolvem rapidamente e tornam-se infecciosos em 6 horas na temperatura
corpórea. Quando são engolidos, eclodem no duodeno e os vermes amadurecem no
intestino grosso.
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Enterobius%20vermicularis.htm
A diagnose da maioria dos nematoides intestinais
é normalmente realizada através do exame de uma pequena quantidade de fezes sob
o microscópio, procurando-se os ovos característicos. Porém, frequentemente os
ovos de oxiurídeos não são encontrados nas fezes porque a fêmea os deposita na
pele ao redor do ânus. O "método da fita adesiva" é mais efetivo. O
lado colante da fita adesiva é aplicado ao redor do ânus para coletar os ovos e
então a fita é colocada em uma lâmina de vidro e examinada sob microscópio.
Várias drogas são efetivas contra este parasita, mas o tratamento deve ocorrer
em todos os familiares ao mesmo tempo, uma vez que esses nemátodes se espalham
facilmente por uma casa.
VERMES
DA FILARIOSE
Pelo menos oito espécies de nemátodes de
fïlarioses infectam os seres humanos e algunsdestes são grandes causas de
doenças. A Wuchereriabancrofti é a
espécie que causa grandes males na humanidade.
Os vermes vivem no sistema linfático e
as fêmeas têm comprimento de até 100 mm. Os sintomas da doença estão associados
com a inflamação e obstrução do sistema linfático. As fêmeas liberam
microfilárias jovens, minúsculas, no sangue e no sistema linfático. Quando se
alimentam, os mosquitos ingerem as microfilárias e elas se desenvolvem nos
mosquitos até as fases infecciosas. Eles saem do mosquito quando ele estiver
novamente se alimentando em um humano e penetram pela ferida causada pela
picada do mosquito.
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=105&sid=2
Manifestações dramáticas de elefantíase
são ocasionalmente produzidas depois de exposição longa e repetidas aos vermes
como o crescimento excessivo de tecido conjuntivo e um enorme inchaço das
partes afetadas como escroto, pernas e braços.
http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/02/05/linfangite-elefantiase/
FILO
NEMATOMORPHA
Aproximadamente 250 espécies de Nematomorpha
foram descritas. De distribuição mundial, eles são devida livre quando adultos
e parasitas de artrópodes quando jovens. Os adultos não se alimentam, mas vivem
quase em qualquer lugar molhado a úmido, se o oxigênio for adequado.
Forma e Função
São extremamente longos, corpo
cilíndrico. Seu comprimento varia de 10 a 70 cm, mas seu diâmetro é de apenas
0,3 a 2,5 mm, Sua extremidade anterior é normalmente arredondada e a
extremidade posterior é arredondada ou possui dois ou três lóbulos caudais.
A parede de corpo é semelhante àquela dos nemátodes.
O sistema digestivo é vestigial. Os sistemas circulatório, respiratório e
excretor estão ausentes. Há um anel nervoso ao redor da faringe e um cordão
nervoso mediano ventral. Os jovens não emergem de seu hospedeiro artrópode a
menos que haja água por perto. Os adultos são frequentemente
vistosziguezagueando lentamente próximos a lagoas ou a fluxos d'água, com os
machos sendo mais ativos que as fêmeas. As fêmeas depositam seus ovos na água
na forma de longos fios. Os jovens eclodem dos ovos e de alguma maneira
penetram no artrópode hospedeiro. Depois de vários meses na hemocele do
hospedeiro, o verme maduro emerge na água. Curiosamente, se o hospedeiro for um
inseto terrestre, o parasita estimula o inseto, através de algum mecanismo
ainda desconhecido, a buscar água.
FILO
ACONTHOCEPHALA
Os membros do filo
Aconthocephala (Gr. Akantha, espinho,
+ kephate, cabeça) são conhecidos
como ‘vermes de cabeça espinhuda’. O filo tem seu nome derivado de uma de suas
características mais distintivas, uma probóscide cilíndrica invaginável que
possui fileiras de espinhos curvos com os quais o verme se prende ao ingterior
do seu hospedeiro. Todos os acontocéfalos são endoparasitas, vivendo quando
adulto no intestino de vertebrados.
As fêmeas são
normalmente maiores que os machos. O corpo é normalmente achatado
bilateralmente, com numerosas rugas transversais. Os vermes são tipicamente de
uma cor creme, mas podem ser amarelos ou marrons, como resultado da absorção de
pigmentos dos conteúdos intestinais.
Os aconthocéfalos
causam danos traumáticos ao penetrarem a parede intestinal do hospedeiro com
espinhos. A infecção por esses vermes podem causar grande dor, principalmente
se a parede do intestino estiver completamente perfurada.
O filo é cosmopolita e
mais de 500 espécie são conhecidas, a maioria parasita peixes, aves e
mamíferos, e normalmente não pasitam seres humanos.
As larvas de
acantocéfalos se desenvolvem em artrópodes, crustáceos ou insetos dependendo da
espécie.
FORMA
E FUNÇÃO
O corpo é um pouco
achatado, com parede sincicial e sua superfície é perfurada por criptas
minúsculas,as quais aumentam a área de superfície do tegumento.Cerca de 80% da
espessura do tegumento é a zona fibrosa radial, que contém um sistema lacunar
de canais ramificados preenchidos por fluido. Os músculos da parede do corpo
são tubiformes e cheios de fluidos. Não há coração ou outro sistema
circulatório, a contração dos músculos é que serve para mover o fluido lacunar
pelos canais e músculos.
A Probóscide, a qual
possui filas de ganchos curvos, está presa á região do pescoço e pode ser
invertida em um receptáculo da probóscide através de músculos retratores.
Presos na região do pescoço há dois longos lemniscos que podem servir como
reservatório do fluido lacunar da probóscide quando aquele órgão for innvaginado.
Não há sistema
respiratório. Quando presente o sistema excretor consiste em um par de
protonefridios com células-flama.
O sistema nervoso tem um
gânglio central dentro do receptáculo da probóscide e nervos irradiados para a
probóscide e nervos irradiados para a probóscide e para o corpo. Há terminações
sensoriais na probóscide e na bursa genital.
Os acontocéfalos não
tem trato digestivo, absorvendo todos os nutrientes através de seu tegumento.
São dioicos. Um par de
ligamentos genitais tubulares, ou sacos do ligamento, estendem-se
posteriormente a partir do fim do receptáculo da probóscide.Os machos tem um
par de testículos, cada um com um vaso deferente e um tubo ejaculatório comum,
o qual termina em um pênis pequeno.
Em fêmeas o tecido
ovariano no saco do ligamneto quebra-se em bolas ovarianas que rompem o saco do
ligamento e flutuam livremente na pseudocele. Um dos sacos de ligamento conduz
a um sino uterino, na forma de funil, que recebe os embriões encapsulados em
desenvolvimento e os passa ao útero.
Os embriões
encapsulados são liberados nas fezes do hospedeiro vertebrado e não eclodem até
que sejam ingeridos por um hospedeiro intermediário. A larva (acântor) perfura
o intestino e desenvolve-se em um jovem (cistacântor) na hemocele do inseto.
FILO
ENTOPROCTA
Os Entoprocta (Gr. Entos, dentro, + proktos, ânus) são pequenos filos de cerca de 150 espécies de
animais minúsculos e sésseis que superficialmente se assemelham aos cnidários
hidróides, mas possuem tentáculos ciliados quer tendem a se a cuvar para
dentro. A maioria dos entoproctos é microscópio e nenhum ultrapassa 5 mm de
comprimento. Todos eles são formas pedunculadas e sésseis, alguns são coloniais
e alguns são solitários. Todos comem por cílios.
Com a exceção do gênero Urnateilla, todos os entoproctos são formas marinhas que têm uma
ampla distribuição desde as regiões polares até os trópicos. A maioria das
espécies marinhas está restrita ás águas costeiras e salobras, e freqüentemente
crescem sobre conchas e algas.
FORMA E FUNÇÃO
O corpo, ou cálice de um entoprocto tem forma
de um cálice, possuindo uma coroa, ou círculo, de tentáculos ciliados, e pode
está par preso a um substrato por um pedúnculo único em disco de fixação com
glândulas adesivas, como nos solitários Loxosoma
e Loxomella.
Os tentáculos podem enrolar-se para dentro
da coroa, cobrindo e protegendo a boca e o ânus, mas não podem ser retraídos para
dentro do cálice.
O movimento é geralmente restrito nos entoproctos,
mas Loxosoma, que vive nos tubos de
anelídeos marinhos, é bastante ativo, movendo-se livremente sobre o anelídeo e
seu tubo.
O intestino é em forma de U e ciliado, e a
boca e o ânus abrem-se dentro do círculo de tentáculos. Os entoproctos comem por
filtração ciliar. Os longos cílios nos lados dos tentáculos mantêm em
movimento, entre os tentáculos, uma corrente de água que contém protozoários,
diatomáceas e partículas de detrito. Os cílios curtos nas superfícies internas
dos tentáculos capturam a comida e a dirigem para, baixo na direção da boca.
A parede de corpo consiste em uma cutícula,
uma epiderme celular e músculos longitudinais. A pseudocele está amplamente preenchida
por um parênquima gelatinoso no qual estão embebidos um par de protonefrídios e
seus tubos, que se unem e abrem-se próximos da boca. Há um gânglio nervoso bem
desenvolvido no lado ventral do estômago e a superfície do corpo possui cerdas
e poros sensoriais. Os órgãos circulatórios e respiratórios estão ausentes. A
troca de gases ocorre na superfície do corpo.
Algumas espécies são monóicas, algumas dióicas
e algumas parecem ser protândricas, quer dizer, a gônada primeiramente produz
espermatozóides e posteriormente produz óvulos. Os gonodutos abrem-se dentro do
círculo de tenúculos.
Os ovos desenvolvem-se em uma depressão, ou
bolsa incubadora, entre o gonóporo e o ânus. Os entoproctos têm um padrão de
clivagem espiral modificada com os blastômeros em mosaico. O embrião tem gastrulação
por invaginação. A larva, assemelhada a uma trocófora, é ciliada e livre. Ela
tem um tufo apical de cílios na extremidade anterior e uma cintura ciliada ao
redor da margem ventral do corpo, A larva acaba assentando- se no substrato e
invertendo-se para formar o adulto.
Referência:
Hickman Jr., Cleveland P.; Roberts, Larry S.; Larson, Allan
Princípios Integrados de Zoologia - 11ª Ed 2004
Editora Guanabara KooganRio de Janeiro
Muito bom. Ajudou bastante. Obrigada.
ResponderExcluirwww.dope9dades.tk
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