Vermes Segmentados
(Filo Annelida)
O nome annelida significa anel, o
filo annelida é constituído pelos vermes segmentados. È um filo grande com
cerca de 15.000 espécies, sendo que os mais familiares são as minhocas
terrestres a as de água doce (oligoquetos) e sanguessugas ( hirudíneos).
Entanto, cerca de dois filos são formados por espécie marinha (poliquetos), que
são menos familiares a maioria do público. Existe alguns bem curiosos e
estranhos enquanto outros são belos e graciosos.
Os
annelidas são vermes cujos corpos são divididos em anéis semelhantes, ou
segmentos, arranjados numa série linear e delimitados externamente por sulcos
circulares denominados ânulos, sendo que o nome do filo refere-se a essa
característica.
A deslocação dos anelídeos é ajudada
pela presença de cerdas, na parte ventral dos animais (exceto as sanguessugas).
Esta ceda quitinosas impedem o animal de deslizar para trás, reforçando o
movimento para diante das camadas musculares circulares e longitudinais.
Organização geral
- O
anelídeo típico apresenta um prostômio anterior, um corpo segmentado e um
porção terminal onde se situa o ânus
- A
parede do corpo possui vigorosos músculos circulares e longitudinais adaptados
a natação, rastejamento e escavação.
- Com
exceção das sanguessugas, o celoma dos anelídeos é preenchido por um líquido e
funciona com um esqueleto hidrostático.
Classe polychaeta
Os poliquetos constitui
a maior parte dos anelídeos, com mais de 10.000 espécies, sendo que a maior
parte é marinha. Apesar de a maioria medir entre 5 a 10 cm de comprimento,
algumas espécies são menores do que 1 mm, enquanto outras podem atingir até 3
metros.
Os poliquetos vivem sobre pedras, em fendas de
coral, em conchas abandonadas, ou escavam o lodo ou a areia.
Poliquetos vágeis ou errantes: inclui formas
pelágicas livres natantes,cavadores ativos , rastejadores, bem como vermes
tubícolas que saem de seus tubos para capturas alimentos e para se reproduzir.
Piliquetos sedentários: são principalmente
tubícolas, passam a vida toda ou a maior parte dela, em tubos ou galeria
permanentes.
Forma e função
O
poliqueto apresenta, caracteristicamente, uma cabeça, ou prostômio, muitas
vezes possui olhos, tentáculos e palpos sensórias, podem apresentar cerdas,
palpos ou, noas formas predadoras, mandíbulas quitinosas. Os que se alimentam
por ciliação podem apresentar uma coroa tentacular de abri-se como leque ou de
ser retraída para dentro do tubo.
Nutrição
O
tubo digestivo dos poliquetos é dividido em três partes:
- segmento
anterior: que inclui um estomodeu, faringe e esôfago anterior
- segmento
mediano: ele é dividido de endoderma
- segmento
posterior: serve para se abrir para o exterior através do ânus.
Circulação e respiração
Em
várias espécies os parapódios têm brânquias utilizadas para trocas gasosas são
feitas através da superfície do corpo
O padrão circulatório
é muito variável, e, nereis, um vaso dorsal longitudinal conduz o sangue no
sentido anterior e um vaso longitudinal o conduz em sentido contrário.
Sistema nervoso e órgãos dos
sentidos
Muito mais desenvolvido nos poliquetos do que
nos ologquetos, os órgãos sensoriais incluem os olhos, que quando presentes
podem variar desde simples manchas ocelares e órgãos muito bem desenvolvido. O
mais alto grau de desenvolvimento pose ser observado entre os indivíduos da
família Alciopidae, que possuem olhos grandes, capazes de formar imagens e com
estrutura semelhante aquela dos cefalopodos, como córnea, lente, retina e
pigmento retiniano.
Reprodução e desenvolvimento
Os
poliquetos não apresentam órgãos reprodutores permanentes e normalmente tem
sexo separado, o sistema reprodutor é simplificado, as gônadas são projeções
temporárias do peritônio que liberam gametas para o celoma. Os gametas são
conduzidos ao exterior através de gonodutos
ou pela ruptura da parede do corpo.
Os
Nereídeos
A classe Polychaeta (cerca de 8000 espécies) é representada por animais
marinhos, tais como: Eunice, Neanthus (antigo gênero Nereis), etc. Estes
diferem dos oligoquetos em muitos aspectos. As figuras 1 e 2 demonstram as
variações de formas de poliquetos.
Os poliquetos apresentam em cada segmento do corpo um par de apêndices
laterais carnosos, semelhantes a nadadeiras, chamados parapódios, com muitas
cerdas implantadas. Esses apêndices laterais servem para locomoção e também, em
algumas espécies, para trocas gasosas. Na região anterior existe uma cabeça bem
desenvolvida com um prostômio que contêm olhos, antenas e um par de palpos. A
boca situa-se no lado ventral, entre o prostômio e a região pós-oral, chamada
peristômio, que é o primeiro segmento verdadeiro. A região não
segmentada terminal (o pigídeo) traz o ânus. Porém poucos poliquetas exibem
essa estrutura típica. Os diferentes estilos de vida dos vermes dessa classe levaram
a graus variáveis de modificação no plano básico.
Esses anelídeos
podem ser errantes (movimentos livres) ou sedentários (tubícolas). Os errantes
são vermes nadadores, carnívoros caçadores e, portanto, apresentam adaptações
para este modo de vida. Os parapódios são bem desenvolvidos, ocorrem apêndices
sensoriais. A cabeça é comumente provida de palpos ou outras estruturas para
auxiliar a alimentação. A respiração encontrada na classe é geralmente
branquial. Os sexos são geralmente separados e o desenvolvimento é indireto com
uma larva trocófora (figura 54). Existe também a reprodução assexuada em
algumas espécies (brotamento ou regeneração). Os poliquetas têm um alto poder
de regeneração. Os tentáculos, palpos e até as cabeças arrancadas por
predadores são logo repostos. A epitoquia é um fenômeno reprodutivo
característico de muitos poliquetas e especialmente bem conhecido em alguns.
Trata-se da formação de um indivíduo reprodutivo pelágico (epítoco) que é
adaptado a deixar os buracos, tubos e outras adaptações no fundo. Os segmentos
portadores de gametas do epítoco são com frequência os mais incrivelmente
modificados e corpo do verme parece dividir-se em duas regiões acentuadamente
diferentes. Geralmente, os poliquetas epítocos nadam para a superfície durante
a eliminação de óvulos e espermatozóides. Esse comportamento sincronizado
(chamado enxameamento) congrega indivíduos sexualmente maduros em um período
relativamente curto, aumentando a probabilidade de fertilização.
Classe Oligochaeta
Mais de 3.000
espécies de oligoquetos podem ser encontradas numa grande variedade de tamanhos
e habitats. Eles incluem as famílias da minhoca, além de muitas espécies de
agua doce. A maioria das formas é terrestre ou dulciaquicolas.
As minhocas
Elas escavam solos úmidos e férteis saindo a noite para explorar os
arredores. Durante os períodos chuvosos ou de muita umidade eles se posicionam
próximo a superfície muitas vezes com a boca ou o anus protraindo da galeria.
Durante as estações secas elas podem enterrar-se em câmaras mucosas e entrar em
dormência. Lumbricus Terrestris (L. lumbricum, minhoca), a espécie mais
estudada nos laboratórios escolares, mede de 12 a 30 cm (ver figura 4).
Minhocas tropicais gigantes (minhocuçus) podem apresentar de 150 a 250
segmentos e chegar a cerca de 4 metros de comprimentos. Em geral, vivem em
galerias ramificadas.
MUITO BOM!
ResponderExcluirMUITO BOM!
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